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Ziraldo está sendo velado no Museu de Arte Moderna (MAM) no Rio de Janeiro deste às 10h deste domingo (7). O cartunista, jornalista, chargista e criador de personagens como Menino Maluquinho, Supermãe, e Bichinho da Maçã morreu aos 91 anos enquanto dormia de causas naturais em casa, na Lagoa, Zona Sul da cidade.
Ziraldo será enterrado no cemitério São João Batista, em Botafogo, por volta das 16h30, mesmo local onde está sepultado Zagallo, morto no começo deste ano. Desde a abertura do velório, família, amigos e fãs foram se despedir do desenhista fundador do jornal "O Pasquim" e da revista "Bundas", lembrado por Paolla Oliveira, que deu vida à Professora Maluquinha no cinema, por conta de uma situação delicada.
Uma das três filhas de Ziraldo, a cineasta Daniela Thomas recordou as longas filas que o mineiro provocava na Bienal do Livro para dar autógrafos. "Meu pai é uma pessoa cuja obra tem uma grande conexão com as pessoas. Naquelas filas enormes das bienais vinham o avô, o filho e o neto e, às vezes, o bisneto. Todos com um livro esmagado, lido, usado. É lindo isso", afirmou à imprensa.
Irmã do autor de livros como "Rolim", "Flicts" e "Planeta Lilás", Santinha Alves Teixeira falou da relação com o irmão famoso. "Desde que eu nasci ele já era famoso, já era uma pessoa pública. Era muito natural dele ser tão amoroso assim. Mas ele também era muito presente, foi um irmão maravilhoso, tio, pai", exaltou.
Já a filha Fabrizia destacou o comportamento do pai diante da Ditadura. "Ele ficou no Brasil para lutar contra a ditadura. Ele lutou, com a pena, o papel e ideias pequenas. Uma pessoa como essa nunca esvairá. Ele era um amante da liberdade. De ser cem por cento quem você é como uma criança. Ele não perdeu isso. O adulto vai endurecendo e ele nunca endureceu", frisou.
Em uma cadeira de rodas, o jornalista Zuenir Ventura foi outro a se despedir do amigo de longa data no velório que recebeu diversas coroas de flores. Uma admiradora recordou ter perdido a avó em um 7 de abril e ganho de presente o livro "Menina Nina", na qual Ziraldo relatou a morte da primeira mulher, mãe de seus filhos.