Como 'Justiça 2' fez Alice Wegmann reviver um episódio traumático do passado relacionado à vida íntima?
Publicado em 8 de abril de 2024 18:11
Por Rafael Munhos | Novelas e TV
Jornalista apaixonado por novelas, filmes, séries e música eletrônica. Também adoro fazer corrida de rua.
Alice Wegmann teve uma experiência sofrida parecida com sua personagem em 'Justiça 2'. Saiba mais!
Em Justiça 2, Alice Wegmann é Carolina, jovem que sofre por abusos do tio, interpretado por Murilo Benício© Divulgação, TV Globo
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Alice Wegmann está pronta para estrear em 'Justiça 2 ' com um papel bastante dramático. A atriz será Carolina, jovem que é estuprada desde a infância pelo tio, Jayme (Murilo Benício ).

Curiosamente, a trama mexe com a atriz pela similaridade com a vida real. "[A minissérie] Me trouxe desafios e enfrentamentos muito íntimos. A história dela cruza com a minha e com a de milhares de meninas e mulheres do nosso país", desabafou ela, em setembro de 2023 durante a entrevista para um podcast.

Alice Wegmann confessa violência na vida real

"A maioria esmagadora de nós já sofreu abusos, dentre eles estupros, assédios e outros tipos de violência. Eu já sofri", contou Alice. "Dar vida à Carolina foi como dar também um tanto mais de vida a mim mesma... Essa série é, para mim, uma denúncia", revelou ela, na época.

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"E também para lembrar que a vida não pode e não deve se resumir a um acontecimento, a um trauma, e que o horizonte é logo ali. É difícil contar a história de um Brasil real, que existe, e que a gente mesmo escreve. É muito difícil falar de justiça num país tão desigual quanto o Brasil", disse a artista, que também poderá ser vista em 'Rensga Hits' ainda este ano.

Para a atriz, que, recentemente, sofreu com a volta de herpes diante da alta rotina de gravações por conta das duas séries e viveu uma polêmica em torno da magreza, comenta sobre a dificuldade em se desligar dos trabalhos.

"Me despedir das personagens é sempre mais difícil do que entrar nelas. Talvez porque dentro eu esteja desde sempre, ou elas dentro de mim. O adeus é sempre um luto. É como se uma amiga próxima morresse, ou como se a gente tivesse que aniquilar uma parte de si mesma, o que também é bem difícil", finaliza.

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