Stephen King é um dos nomes mais influentes da literatura contemporânea e também um dos mais adaptados para o cinema e a TV. Com mais de 60 romances publicados e centenas de contos, suas histórias já renderam clássicos como O Iluminado (1980), It: A Coisa (2017) e o aclamado drama Um Sonho de Liberdade (1994), baseado em um conto da coletânea Quatro Estações.
Mas além dos títulos consagrados, o universo de King é vasto e muitas adaptações passaram longe dos holofotes, apesar de sua qualidade. São filmes que exploram desde o horror psicológico até o drama sobrenatural, mostrando que o "mestre do terror" também sabe emocionar.
Com a estreia de A Vida de Chuck nos cinemas brasileiros, uma nova fase de adaptações de King chega às telas, mais uma vez pelas mãos do diretor Mike Flanagan (Jogo Perigoso, Doutor Sono). Pensando nisso, listamos filmes baseados em suas obras que merecem ser redescobertos, e o melhor: três deles estão disponíveis na Netflix.
Onde assistir: plataformas on demand
Pouca gente conhece esse drama tocante, que mistura elementos sobrenaturais com um retrato sensível da infância e do luto. Na trama, um menino solitário que vive com a mãe viúva tem sua vida transformada pela chegada de um inquilino misterioso — um homem com poderes psíquicos que passa a influenciar o garoto de forma profunda.
Baseado no conto Low Men in Yellow Coats, do livro Corações na Atlântida, o filme traz Anthony Hopkins no papel principal e oferece uma faceta mais delicada do universo de King.
Onde assistir: Netflix
Quando Jessie (Carla Gugino) e Gerald (Bruce Greenwood) tentam reacender a paixão em uma casa isolada, o que começa como um jogo sexual se transforma em um pesadelo. Após a morte súbita do marido, Jessie fica algemada à cama, sem ajuda à vista, enfrentando não apenas a fome e a sede, mas também seus próprios traumas e alucinações.
A direção é de Mike Flanagan, conhecido por seu trabalho em A Maldição da Residência Hill, e que conquistou a confiança do próprio King com esta adaptação, considerada por muitos como uma das mais fiéis ao espírito do autor.
Curiosidade: Stephen King descreveu Jogo Perigoso como “infilmável” por décadas, até que Flanagan provou o contrário.
Onde assistir: Netflix
Com atmosfera sombria e tensão crescente, 1922 é um ótimo exemplo de terror psicológico. A história acompanha um fazendeiro do Nebraska que confessa ter matado a esposa para manter as terras da família. No entanto, o verdadeiro tormento começa após o crime, quando a culpa e aparições misteriosas passam a assombrá-lo.
O longa é baseado em uma novela do livro Full Dark, No Stars (Escuridão Total sem Estrelas, no Brasil), e foi elogiado pela crítica por sua ambientação opressiva e pela performance intensa de Thomas Jane.
Onde assistir: Netflix
Baseado em um conto da coletânea Sei o que Você Está Pensando (If It Bleeds), esse filme combina drama coming-of-age com toques de terror sobrenatural. Na história, Craig, um adolescente solitário, desenvolve uma amizade improvável com o Sr. Harrigan, um idoso recluso interpretado por Donald Sutherland. Após a morte de Harrigan, Craig começa a enviar mensagens para o celular enterrado com ele, e recebe respostas inquietantes.
Mais do que sustos, o filme fala sobre perda, conexão e os limites entre o mundo dos vivos e dos mortos.
Onde assistir: nos cinemas
Lançamento mais recente baseado em King, A Vida de Chuck chegou aos cinemas brasileiros trazendo Tom Hiddleston (o Loki do MCU) no papel principal. A trama desconstrói a narrativa tradicional ao contar a história de Charles Krantz de trás para frente - do fim de sua vida até a infância - revelando mistérios e experiências sobrenaturais ao longo do caminho.
O longa é mais um fruto da parceria entre King e Mike Flanagan, e aposta em um tom mais introspectivo e filosófico do que em sustos explícitos.
Curiosidade: Stephen King escreveu A Vida de Chuck como um exercício sobre a beleza da vida em meio à morte, inspirado por uma imagem simples: um outdoor com o rosto de um homem e a frase “Obrigado, Charles Krantz, por uma vida maravilhosa”.
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