Uma tendência que antes parecia futurista agora ocupa as páginas das maiores publicações do mundo da moda: modelos geradas por inteligência artificial estão substituindo pessoas reais em editoriais de revistas como a Vogue. A inovação, no entanto, está longe de ser unanimidade e vem recebendo duras críticas nas redes sociais.
Internautas reagiram com indignação ao perceberem que ensaios completos estavam sendo produzidos com figuras totalmente criadas por IA. No X (antigo Twitter), usuários demonstraram frustração com o avanço da tecnologia no universo fashion. “Os modelos não sobreviveram à era dos transtornos alimentares apenas para serem substituídos pela IA”, escreveu um deles. Outro questionou: “Por que a IA se tornou tão normalizada? Esse é o futuro da moda?”
A crítica à suposta perda de humanidade na moda também foi um dos pontos mais comentados. “A IA precisa ir embora, está estragando tudo”, afirmou um usuário. Já outro, mais direto, declarou: “A Vogue perdeu a credibilidade que tinha. O que é isso?”.
A presença da inteligência artificial na moda tem dividido opiniões. Se por um lado ela permite criar cenários e personagens impossíveis de realizar com meios tradicionais, e pode ser mais econômica para algumas produções, por outro, levanta debates urgentes sobre sustentabilidade, representatividade e o futuro dos profissionais da indústria.
Ainda não se sabe se a adoção das modelos digitais será passageira ou se marcará uma mudança definitiva no setor. O certo é que, por ora, a moda virtual ainda está longe de passar despercebida.