George Clooney sofreu uma lesão no cérebro em 2005, quando gravava o filme “Syriana”, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Ele caiu e bateu a cabeça. O astro, que abordará o diagnóstico do Alzheimer em um novo trabalho, passou a lidar com dores de cabeça fortíssimas e até perda de memória.
"Teve uma cena em que eu estava amarrado a uma cadeira e sendo espancado. A cadeira foi chutada e eu bati a cabeça", disse Clooney, em depoimento ao jornal britânico The Guardian.
O ator, que rebateu publicamente críticas de Donald Trump, afirma que rompeu a dura-máter. Trata-se da membrana mais externa e resistente das meninges, que são as camadas de proteção do cérebro e da medula espinhal. “Basicamente, machuquei meu cérebro. Ele está quicando na minha cabeça porque não é sustentado pelo líquido cefalorraquidiano", completou.
Inicialmente, os médicos não conseguiram identificar o problema, o que levou Clooney, que já foi alvo de boatos de romance com uma brasileira, a sofrer de dores de cabeça constantes. Ele evitava tomar analgésicos, pois temia o vício em remédios, algo que já havia acometido outros membros de sua família.
O diagnóstico foi descoberto por um neurologista e, a partir disso, ele passou por uma série de operações. O ator relata que chegou a cogitar tirar a própria vida antes das cirurgias, tamanho sofrimento.
"Chegou um ponto em que eu pensei, 'não posso viver assim'", disse Clooney à revista Rolling Stone. "Estava deitado na cama de um hospital, impossibilitado de me mover, com dores de cabeça que pareciam um derrame, e, por um curto momento, comecei a pensar, 'talvez eu tenha de fazer algo para terminar com isso tudo'".
Para estimular a memória e dar um início a um novo projeto, o artista passou a fazer exercícios repetitivos de contagem e até a escrever suas falas em pedaços de papel. Além do problema de saúde, Clooney também viveu o luto pelas mortes da avó, do cunhado e de um cachorro. "O pior ano que já tive", comentou.