Eike Batista recuperou uma Lamborghini, avaliada em R$ 2 milhões, e o Porsche Cayenne que foram levados de sua casa pela Polícia Federal em fevereiro deste ano. Em março, a Justiça já tinha devolvido a picape Range Rover e um piano, que também tinham sido apreendidos. De acordo com o jornal "Extra" desta terça-feira (19), o próprio empresário fez questão de ir para sua mansão, no Jardim Botânico, dirigindo o seu Porsche e escoltando a Lamborghini, que chegou em um reboque. Ao chegar ao local, Eike pediu que o reboque deixasse o carro na posta, sem subir a ladeira que dá acesso a sua casa.
O Porsche Cayenne devolvido, avaliado em R$ 300 mil, foi o mesmo usado pelo juiz Flávio Roberto de Souza, que foi flagrado dirigindo o veículo. Por causa da polêmica, a corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, afastou o juiz do julgamento dos processos contra o empresário. Paralelo a isso, o magistrado pediu licença médica para se afastar do cargo por 15 dias. Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", Flávio Roberto de Souza disse ser "normal" usar o carro de Eike. Procurado pela revista "Veja", ele disse que os carros de luxo do empresário não ficaram no pátio da Justiça Federal porque simplesmente não havia vaga. O magistrado teria pego, então, os veículos mais caros e os estacionado nas vagas cobertas do prédio onde mora, mas com o consentimento do Detran.
Eike Batista é acusado na Justiça de ter usado indevidamente informações privilegiadas para negociar ações e, assim, manipular o mercado de capitais. Com isso, o juiz Flávio Roberto de Souza, até então à frente do caso, determinou o bloqueio de R$ 3 bilhões em bens do empresário para supostamente reparar os danos sofridos por investidores e usar no pagamento de multas. A decisão incluiu a família do empresário porque há a suspeita de que ele teria transferido bens para eles ao saber que o Ministério Público entraria com uma denúncia pedindo bloqueio de suas posses.
Flávia Sampaio teve cartão de crédito recusado
Em fevereiro deste ano, Flávia Sampaio, mulher de Eike Batista e mãe do filho caçula do empresário, Balder, sentiu os efeitos da crise que o marido vem enfrentando. De acordo com o colunista Lauro Jardim, da revista "Veja", a advogada teve seu cartão de crédito recusado em um supermercado localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro. Imediatamente, ela ligou para o marido, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo e viu sua colocação despencar em 2013, mas nada se resolveu.