O UFC foi alvo de um processo antitruste coletivo, movido por atletas que acusam a organização de práticas anticompetitivas entre 2010 e 2017. Segundo John S. Nash, jornalista americano referência na cobertura de esportes de combate, Anderson Silva é o principal beneficiado de um acordo judicial referente à ação.
São 1.067 lutadores contemplados no acordo. De acordo com o jornalista, Anderson deve receber 10,3 milhões de dólares, o equivalente a R$ 55,6 milhões na atual cotação. Segundo o site Celebrity Net Worth, o lutador tem uma fortuna de 14 milhões de dólares, ou seja, ele vai quase dobrar o patrimônio com o dinheiro da ação.
O acordo total é de 375 milhões de dólares (pouco mais de R$ 2 bilhões) e foi aprovado em fevereiro deste ano por um juiz federal. 251 milhões de dólares foram divididos entre os lutadores, enquanto o restante foi destinado ao pagamento de honorários legais.
Cerca de 35 atletas receberam mais de 1 milhão de dólares (R$ 5,4 milhões), enquanto a média é de cerca de 250 mil dólares (R$ 1,3 milhão). O menor pagamento é de 16 mil dólares (R$ 86 mil).
De acordo com o que a autora Giselle Borges Alves publicou na Revista de direito privado, o processo antitruste se realiza como importante mecanismo de intervenção estatal para situações de abuso do poder econômico, por meio de atuações impositivas e limitando as liberdades individuais, com fundamento no interesse público.
Entre as práticas apontadas como abusivas, estavam ameaças a atletas que trabalhassem em outras organizações, cláusulas restritivas e contratação de lutadores de empresas concorrentes para enfraquecê-las.