Reynaldo Gianecchini participou de um ensaio fotográfico nada comum para o projeto Ophelia Project, do fotógrafo Sérgio Santoian. Com uma caveira colado ao rosto, o ator se misturou a sangue cinematográfico para aparecer nas imagens, feitas na praia da Reserva, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na quarta-feira (2).
O trabalho foi pensado para desconstuir a imagem de galã vendida desde a estreia do ator na TV, e Reynaldo mergulhou fundo na proposta. "A ideia era desconstruir a imagem que sempre vemos dele na maioria dos ensaios. Por isso o sangue e a sujeira", explica o fotógrafo em conversa ao Purepeople nesta terça-feira (8) sobre o projeto, inspirado na peça Hamlet, de William Shakespeare.
Nos bastidores, nenhuma exigência foi feita pelo ator, que iniciou a carreira como modelo antes de estrear na TV. "Ele topou tudo o que propus. Quis fazer algo bem teatral. Ele super comprou a ideia e se entregou totalmente", conta o fotógrafo. Sergio conta que dividiu com Gianecchini a tarefa de escolher as fotos finais para o compor o trabalho, com proposta de virar livro no ano que vem.
Perguntado se o ator encarou de primeira a proposta do ensaio, Santoian diz que Gianecchini mostrou muita sintonia com a ideia e ficou à vontade no ensaio. "Ele é um querido, um ótimo ator. Esse tipo de trabalho fala mais alto que a vaidade".
Aos 41 anos e após superar um câncer, Reynaldo já afirmou que está se sentindo muito bem com a idade mais madura. Interpretando o Cadu de "Em Família", o papel de mocinho e galã não foi o único feito na carreira. Em "Passione" (2010) ele deu vida ao vilão Fred, parceiro de Clara (Mariana Ximenes). Em entrevista ao jornal "O Globo", na época, o ator já avisava que tinha as mesmas dualidades do ser humano: "Tenho meu lado ruim. Eu não sou só bom".
Maduro, ele reforçou em recente entrevista ao "Extra" o que pensa de carregar a fama de galã. "Não carrego esse peso de ser e querer corresponder a tudo. É o assunto favorito da minha análise: aprender a dizer não. Não consigo ser fofo o tempo todo. Depois dos 40, você começa a repensar isso tudo".
