O Flamengo disputa a final da Copa Intercontinental nesta quarta-feira (17), em uma partida contra o Paris Saint-Germain. No centro de um ano cheio de conquistas, como o título da Libertadores e do Campeonato Brasileiro pela nona vez, está o técnico Filipe Luís. Jogador do clube de 2019 a 2023 e estrela da Seleção Brasileira, o treinador está há pouco mais de um ano no clube carioca.
Filipe é conhecido por suas manias e superstições nos bastidores. Por exemplo, ele só usa roupas pretas para não gastar tempo pensando em looks. Quando jogava no Flamengo, precisava receber uma bebida energética da mão direita da nutricionista.
Filipe também é adepto de uma tradicional expressão utilizada para secar os adversários: “kiricocho”. Trata-se de um termo que virou quase uma lenda urbana no futebol. Há quem acredite fielmente que este grito gera azar para o time concorrente.
Filipe teria aprendido a expressão com Diego Simeone, com quem trabalhou no Atlético de Madrid - e de quem herdou muitas de suas manias. “O Óscar Ortega, que era preparador físico [do Atlético de Madrid], sempre que a equipe adversária chegava próximo ao nosso gol, começava a falar 'kiricocho'. O Filipe usava isso também, pegou essa mania”, conta o empresário Guilherme Siqueira ao UOL.
Kiricocho ou Quiricocho seria o apelido de um torcedor muito azarado do time argentino Club Estudiantes de La Plata. Ele costumava frequentar os treinos da equipe nos anos 1980 e reza a lenda que sempre que ele estava por perto, algo de ruim acontecia com algum atleta.
A lenda se tornou popular graças ao treinador Carlos Bilardo. Kiricocho recebeu do técnico a missão de cumprimentar o time adversário com um tapinha de incentivo nas costas. O objetivo, claro, era passar o azar do torcedor aos rivais.
Naquela época, o Estudiantes não era campeão nacional há 15 anos. Segundo a lenda, eles ganharam o campeonato após a estratégia com Kiricocho.