Quem diria que Vinicius Jr., o craque brasileiro eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA, e Fernanda Torres, um dos maiores nomes da dramaturgia nacional, estariam ligados por uma linha quase invisível? E que no meio desse enredo improvável também estaria Anitta, diva pop global? Pois é. Essa história tem futebol, fama, arte... e um diretor no centro de tudo: Andrucha Waddington.
Pouca gente sabe, mas Waddington, marido de Fernanda Torres e genro de Fernanda Montenegro, é o nome por trás de dois dos documentários mais comentados da Netflix Brasil: “Anitta: Made in Honório” (2020) e “Baila, Vini” (2025). Dois retratos íntimos, distintos, mas que compartilham uma assinatura inconfundível: o olhar humano e cinematográfico de um diretor acostumado a transformar bastidores em emoção!
No caso de Anitta, Andrucha mergulhou na rotina intensa da cantora e empresária, revelando suas vulnerabilidades e contradições num registro elogiado pela crítica pela coragem e sinceridade. Já com Vini Jr., o desafio era outro: traduzir em imagem a ascensão de um garoto de São Gonçalo ao topo do futebol mundial... sem perder o toque pessoal, o drama, a luta contra o racismo e a pressão de representar milhões de brasileiros.
Em entrevista à Veja, o diretor descreveu o processo como “uma jornada de resistência e inspiração”. Foram mais de 300 horas de gravações em sete países, acompanhando de perto os altos e baixos do craque do Real Madrid. O resultado, “Baila, Vini”, vai além do esporte, é também um retrato de um Brasil que dança, sofre e resiste com ele.
E é aqui que o fio se amarra. Porque Andrucha não é apenas um diretor de prestígio, com filmes como "Casa de Areia" (2005), "Chacrinha: O Velho Guerreiro" (2018) e "O Juízo" (2019) no currículo. Ele é, acima de tudo, um contador de histórias de gente real!
Enquanto o jogador vive seu momento mais comentado (o namoro recém-assumido com Virginia Fonseca, um dos assuntos mais quentes da internet), um novo olhar sobre sua imagem começa a se consolidar. O Vini do documentário de Waddington é mais introspectivo, mais político, mais adulto. Um contraste direto com o brilho pop que o cerca fora de campo.