A Barbie Profissões versão tupiniquim volta a atacar. Depois de faturar milhões como produtora de conteúdo adulto, abrir o próprio supermercado e até investir em um empreendimento de frangos, Andressa Urach quer estourar como cantora de funk. Para a nova empreitada, ela adota o “nome de guerra” dos tempos de acompanhante: MC Ímola.
Ímola dava nome à persona que desfilava por um bordel em Porto Alegre. Era uma estratégia de marketing para atrair clientes. A referência? A cidade italiana onde Ayrton Senna morreu, em maio de 1994. O bordão ajudava a explicar a alcunha: “As curvas onde o melhor do mundo se perdeu”.
“Ímola sempre esteve comigo. Foi um nome que me marcou, que me destacava. Agora, eu quis trazer de volta, mas de forma mais profissional. Porque combina com essa nova fase, forte, verdadeira, que eu quero mostrar através das minhas músicas”, explica Andressa, em entrevista ao Purepeople.
Ouça a entrevista com Andressa Urach em áudio:
Andressa lança, nesta sexta-feira (12), o primeiro EP da carreira, “Cama Sutra da Ímola”. O título não deixa esconder que a famosa vai seguir o estilo “proibidão” como cantora. O trabalho traz quatro faixas com teor explícito; uma delas com participação de MC Pipokinha, “Em Cima da Pia”. A funkeira, além de já ter gravado conteúdo adulto com a amiga, foi a principal incentivadora.
“A Pipokinha foi muito importante nesse processo. Ela me incentivou, me deu vários conselhos. A energia dela é incrível e me ajudou a mergulhar de vez nessa nova fase como MC”, divide Andressa.
Essa não é a primeira vez que a controversa musa se aventura como cantora. Quando ainda era evangélica, lançou a faixa “Noite Virou Dia”, que falava sobre os períodos difíceis que enfrentou antes da conversão. Uma experiência completamente distinta da atual, ela garante. “Hoje, como MC, eu canto sobre liberdade, prazer e diversão. São fases que me construíram, mas agora estou vivendo algo que é mais a minha cara.”
Andressa chegou a se afastar do conteúdo adulto por alguns meses, mas retornou com tudo após uma nova turbulência financeira causada pelo golpe de um sócio. Por enquanto, ela afasta a possibilidade de encerrar a carreira pornô, mas destaca a vontade de transformar a música em seu principal ofício.
“O conteúdo adulto faz parte da minha história e ainda é um espaço que eu gosto de explorar. Mas meu foco agora é na música. Se bombar, ótimo, porque eu quero viver disso. Mas não descarto nada, porque tudo que fiz até hoje me trouxe até aqui.”
E por falar em conteúdo audiovisual, Andressa está animada com o primeiro clipe da carreira, “Puta Tatuada”, registrado em Paraisópolis, a maior favela paulistana. Ela promete novos clipes e faz mistérios sobre futuros feats. “Parcerias que vão surpreender e que vão trazer ainda mais força pro meu trabalho”, adianta.
Tamanho empenho tem um objetivo ambicioso: Andressa almeja ganhar o Grammy Latino. E ela não duvida que seu trabalho pode conquistar a bancada da premiação, que, nos últimos anos, deu mais espaço ao funk brasileiro. “Eu tô trabalhando sério, me dedicando de verdade. Acredito que minhas músicas falam de liberdade, de prazer, de quebrar tabu. Isso tem força pra conquistar muita gente. Se eu continuar nesse caminho, eu acredito que o Grammy é possível sim.”
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