O Carnaval de 2022 no Rio não será confirmado ou adiado no próximo dia 24 de janeiro, data em que está marcada a reunião entre o Comitê Científico e a prefeitura da cidade. Daniel Soranz, secretário de Saúde, afirmou que pensar sobre a Sapucaí, no momento, seria precipitado, uma vez que o cenário ainda pode mudar.
"A gente considera precoce para discutir Carnaval. Não teremos ainda nessa segunda definições sobre o Carnaval. A variante Ômicron mudou todo o cenário epidemiológico", explicou Soranz em conversa com o jornal "O Dia". "Primeiro, temos de entender quanto essa curva vai durar, e se de fato essa variante vai continuar se comportando de maneira leve", destacou o secretário, que não deu uma nova data para que a decisão final seja decretada.
"Nossa preocupação é proteger os não vacinados, e evitar ao máximo que tenham pessoas não vacinadas. Para que, depois, a gente possa planejar o que vai acontecer daqui a 40 dias. Ao meu ver, é precoce a gente prever qualquer coisa", finalizou.
Vale lembrar que o comitê científico, apesar de um membro do órgão já ter desaconselhado a festa, assim como outros cientistas que se tornaram referência quando o assunto é Covid-19, ainda não bateu o martelo em relação à Sapucaí. Não há previsão, no momento, para que a avaliação seja liberada.
Carnaval 2022 no Rio: escolas de samba ignoram incerteza e seguem trabalhando
Enquanto isso, as agremiações mantêm o calendário de preparação para o Carnaval, o que implica em seguir montando carros alegóricos e fantasia para a avenida. Na web, internautas têm questionado a insistência em manter a folia no calendário, uma vez que, após as festas do fim de 2021, os casos de Covid deram um salto não apenas no Rio, como no país inteiro.
Carnaval 2022 no Rio: prejuízo com cancelamento pode ser bilionário
Se a tendência dos blocos de rua, que foram cancelados no início de janeiro, se repetir em relação aos desfiles das escolas de samba, o prejuízo pode atingir os R$ 6 bilhões de reais, afetando agremiações, órgãos públicos, patrocinadores e até mesmo trabalhadores informais, que lucram durante a festa na Sapucaí.