A coroação de Elisa Sanches, que negociou filme pornô com atriz de 'As Branquelas', como nova rainha de bateria da Império da Tijuca movimentou a internet e dividiu a comunidade do samba na última semana. A atriz pornô, que assumiu o posto na noite deste domingo (2), foi anunciada durante um evento na quadra da escola, na Zona Norte do Rio.
O momento, que era para ser festivo, rapidamente se tornou alvo de críticas após a circulação de vídeos considerados pela própria comunidade como "cenas deploráveis", segundo comentários divulgados nas redes sociais. O episódio também acabou chamando atenção por comparação com outra rainha de bateria: a influenciadora Virginia Fonseca, que também recebeu críticas durante a coroação na Grande Rio.
A chegada de Sanches ganhou destaque especialmente por sua performance no palco. Segundo o jornal Extra e vídeos publicados por frequentadores da quadra e compartilhados em redes sociais, a nova rainha de bateria apareceu usando um vestido revelador e, sem calcinha, dançou funk e fez quadradinhos diante de um público que incluía menores de idade. As imagens geraram indignação imediata e colocaram a escola no centro de uma discussão sobre limites e respeito à tradição do samba.
Antes da polêmica, Elisa subiu ao palco para agradecer a oportunidade e contou que recebeu o convite do presidente da agremiação, Thiago Carvalho, em cima da hora.
Em suas palavras: "Tomei um banho e vim". A atriz, que mora no Méier, bairro próximo à escola, complementou: "Thiago é meu amigo, eu estava cansada de fazer vários shows, mas ele insistiu: ‘Amiga, vem pra cá’. Estou muito feliz de estar na Império da Tijuca. Fiquei honrada em ser chamada como rainha de bateria. Vou sambar, quer dizer, aprender, né". As informações foram divulgadas durante o próprio evento e reproduzidas em redes sociais ligadas ao carnaval carioca.
As reações começaram assim que os vídeos da dança de Elisa ganharam força. Entre os comentários, muitos traziam preocupação com a imagem da escola e com o desrespeito ao ambiente da quadra: "O samba morreu o mundo acabou e eu não sei nem quem é", "Estarrecedor os vídeos dessa senhora no palco!", "Vai aprender a sambar??? Socorro Alcione", "Cômico. Uma agremiação de 84 anos passando por esse tipo de humilhação. Cenas deploráveis da 'rainha de bateria' de quatro no meio da QUADRA".
Outros comentários ainda ironizaram: "Meu ex que vai gostar. Viciado em pornografia", "Quero ver os ritmistas tocarem sem perder a concentração". Essas manifestações foram reunidas em postagens feitas por perfis de fãs de carnaval e compartilhadas por moradores da comunidade.
Diante da repercussão, o presidente Thiago Carvalho rebateu as críticas publicamente, também pelas redes sociais. Ele afirmou: "Quem não concordar ou achar que tem que ser algo contrário, banca a da comunidade… Pq mau temos subsídio para colocar o carnaval na rua… que dirá o cargo!!!!! Só mandar o direct que mando o pix da escola". As falas circularam amplamente e foram reproduzidas em páginas dedicadas ao samba.
Mesmo no centro da polêmica, Elisa Sanches segue com sua agenda no Carnaval 2026. Além de reinar na Império da Tijuca, ela também será musa da Porto da Pedra no enredo "Das Mais Antigas da Vida, o Doce e Amargo Beijo da Noite", que contará a história das profissionais do sexo e seu papel cultural, segundo o próprio perfil da escola.
A polêmica permanece viva, alimentada pelas redes sociais e pela divisão entre fãs e integrantes das escolas. Com o Carnaval 2026 se aproximando, a presença de Elisa promete continuar gerando debates sobre tradição, respeito e os novos rumos das agremiações cariocas.
