






O assassinato da jovem Vitória Regina de Souza, de 17 anos, ganhou um novo capítulo neste domingo (9), quatro dias após o corpo da adolescente ser encontrado com marcas de violência e nu em região de mata de Cajamar (SP). Segundo o programa "Domingo Espetacular", a investigação policial coloca o pai de Vitória, Carlos Alberto, também como um dos suspeitos; na véspera, um homem já havia sido preso após decisão da Justiça.
"Recebo (essa informação) com muita surpresa. Qual é o pai que vai querer a morte de uma filha?", questionou ao repórter e apresentador Roberto Cabrini. Em depoimento, o pai de Vitória deixou de citar que fez diversas ligações para a adolescente na noite do seu desaparecimento, dia 26, e negou intenção da filha em se mudar de casa.
"Qual é o pai que uma filha desaparece, ele não tenta falar com ela? Liguei várias vezes mesmo. (Sobre a mudança) é uma afirmação mentirosa. Ela ia para a casa da minha filha porque lá ficava mais perto do serviço dela (em um shopping)", prosseguiu Carlos, relatando "cada vez mais com o coração partido" por conta da desconfiança que cai agora sobre ele.
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Documentos obtidos pelo programa jornalístico da Record mostram que algumas atitudes de Carlos chamaram atenção da investigação. "A relação poderia estar bastante conturbada, motivo da intenção dela querer ir morar na sua de sua irmã", relata trecho.
O programa teve acesso também à troca de mensagens entre pai e filha. No dia do desaparecimento de Vitória, Carlos envia mensagem à adolescente questionando se ela iria para a casa ou para a casa da irmã (Verônica) e relatando ainda que no dia seguinte o carro da família estaria pronto após apresentar um defeito.
Ao responder por texto, Vitória diz que iria para a casa dos pais. Na sequência, Carlos enviou outro áudio: "Tá bom, então. Cuidado, viu?". A partir de 1h15, o aplicativo de mensagens mostra várias ligações de voz feitas para a jovem e que não foram atendidas.
"É um relatório de investigação e não que concluiu o inquérito. Colocar o pai nessa situação é colocar a vida dele em risco", frisou Fábio Costa, advogado de Carlos. "Pretendo nas primeiras horas conversar com o delegado para saber um pouco mais sobre esse trecho", prosseguiu o defensor.