
Maicol Sales dos Santos confessou ter agido sozinho no assassinato de Vitória Regina de Souza, no mês passado. Nesta terça-feira (18), o “Jornal Nacional” expôs detalhes do depoimento, que traz a motivação do crime e o passo a passo, segundo o autor.
Maicol afirma que teve um caso com Vitória um ano e meio atrás e a jovem teria ameaçado contar à mulher dele. Vale destacar que, até o momento, a polícia afirma que não há provas de que os dois tenham tido um relacionamento.
Maicol relata que esperou Vitória no ponto de ônibus - a jovem retornava do trabalho no momento do crime, mas os dois só se encontraram quando ela já estava a pé em direção à sua casa. Ele afirma que a adolescente concordou em entrar no carro dele para que eles conversassem.

Segundo Maicol, ele pediu que Vitória não contasse do caso para a mulher e, nesse momento, a vítima teria tentado agredi-lo. O autor do crime diz que “que se exaltou, pegou uma faca que levava no carro e que atacou Vitória”.
Após assassinar Vitória, Maicol afirma que colocou o corpo dentro do porta-malas do carro e foi até uma estrada de terra. Com uma enxada, ele diz ter aberto uma cova e enterrado o corpo.
No depoimento, ele diz que enterrou o corpo em um local diferente de onde foi encontrado. A perícia deve esclarecer essa contradição em breve, mas investigadores acreditam que Maicol pode ter se confundido em função do estado emocional alterado.

Para o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), Maicol era obcecado pela vítima, como entregam as muitas fotos de Vitória encontradas no celular dele.
“Fica claro que somente ele participou desse crime. Primeiro porque ele já vinha perseguindo. Isso é o que já há muito tempo ele vinha perseguindo a vítima, mas a prova cabal ontem à noite ele quis confessar o crime. E fica muito claro que ele era obcecado pela vítima”, afirma Luiz Carlos do Carmo em depoimento exibido pelo “Jornal Nacional”.