
Pouco antes de viver a Valkíria da novela "História de Amor" (1995-1996), Claudia Mauro se viu no centro de polêmica religiosa e por ficar só de calcinha e sutiã à tarde na TV após um "strip-tease". A atriz hoje com 56 anos tinha 23 anos quando foi "matriculada" na "Escolinha do Professor Raimundo" (Globo), contracenando com nomes como Bemvindo Sequeira, ator que guarda péssimas lembranças dessa época.
As críticas foram tantas que em pouquíssimo tempo, Claudia viu sua personagem no humorístico de Chico Anysio (1931-2012) mudar totalmente de personalidade. Inicialmente, dona Capitulina surgia em cena com um vestido fechado até o pescoço e de mangas longas. Mas se ouvia o nome de Tarcísio Meira (1925-2021), entrava em uma espécie de "transe".
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Assim, tirava o vestido e ficava apenas de lingerie até o final do programa. "Apesar de ser recatada e rezar muito, a Capitulina não é uma personagem ligada aos crentes ou a alguma corrente espírita", ressaltava o jornal "O Globo" de 29 de março de 1992, cerca de um ano e meio após a estreia da versão diária da "Escolinha".
Na ocasião, revelou ter recebido duas cartas de "um tarado" recheadas de desenhos pornôs. Tanta repercussão, mais negativa, fez dona Capitulina passar por uma transformação em pouco tempo. No dia 11 de abril, o "Jornal do Brasil" revelava que dona Capitulina passaria a frequentar as aulas com "roupas leves e juvenis". Depois, o nome da personagem foi encurtado para dona Capitu.
Com isso, o "transe" ao ouvir o nome de Tarcísio Meira foi deixado de lado. A própria cúpula da "Escolinha" repensou a atitude da personagem e identificou um "gesto gratuito". "É uma pena, logo agora que ela estava emplacando", reclamou Claudia, na profissão desde os 12 anos.
Irmã do também ator André Di Mauro e sobrinha de Humberto Mauro, um dos maiores nomes do cinema brasileiro, a atriz entrou na carreira artística, pelo teatro, aos 12 anos. E contou que tirar a roupa diante das câmeras não era problema. "Fazia parte do personagem", resumiu a mulher de Paulo César Grande, com quem se relaciona há mais de três décadas.