
Você já deve ter ouvido em Frei Gilson, o religioso que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas para oração às 4h da madrugada em "live" no último dia 5. Com a popularidade do religioso, vieram pesados ataques contra ele e, ao mesmo tempo, fortes defesas. Em ambos os casos, o viés político se fez presente colocando em campos opostos esquerda e direita.
O Purepeople reúne para você detalhes sobre o Frei Gilson da Silva Pupo Azevedo, 38 anos, e explica a razão do religioso dividir tantas opiniões nas redes sociais. Dono de um Instagram onde é seguido por mais de 7.5 milhões de contas, o religioso também usa um canal de Whatsapp para enviar mensagens de fé aos fiéis/seguidores, contudo tal canal de comunicação já lhe rendeu problemas.
Algumas vezes, as "lives" no Instagram foram bloqueadas, deixando o frei sem entender. "A alegação é que transgredimos as regras da plataforma. O que nos deixa perplexos é que nunca nos dizem exatamente o que foi transgredido", afirmou em setembro passado e negando que utilizasse robôs para envio das mensagens de cunho religioso.

"Todas eram enviadas manualmente, por mim mesmo, para todas as comunidades", prosseguiu o frei nascido em São Paulo e que passou a seguir a vida religiosa aos 18 anos via congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo. Há cinco anos, com o começo da pandemia de Covid-19, o frei e líder do grupo Som do Monte decidiu iniciar as "lives" na madrugada.
Recentemente, o frei se tornou alvo de ataques que o ligam à produtora Brasil Paralelo, além de ser rotulado como "bolsonarista", tendo suposta relação com Jair Bolsonaro. Nesse final de semana, políticos saíram em defesa do religioso assim que os ataques retornaram.
"Motivo é um só: odeiam Cristo", disparou Nikolas Ferreira, representante na Câmara por Minas Gerais. A vereadora Zoe Martínez fez coro e disse que os comunistas odeiam os cristãos. O Padre José Eduardo, de Osasco (SP), também defendeu o frei. Um anônimo classificou o religioso de "extremista". Outro chamou-o de "fascista", "negacionista" e "vagabundo". Ataques também acusam o frei de usar a fé e a religião em benefício próprio.
