Um dos mais vitoriosos técnicos do futebol brasileiro, Vanderlei Luxemburgo já passou pelos principais times do país e ergueu cinco Campeonatos Brasileiros, além de estaduais, a Copa do Brasil e a Copa América, esta pela Seleção brasileira. Mas você se lembra que em 2000, Luxemburgo foi demitido no meio de uma investigação por detalhe inusitado que o liga a Gloria Maria, jornalista que jamais revelou sua idade?
E é justamente a idade que "ajudou" Luxemburgo a perder o emprego de treinador da Seleção há 25 anos. Mas antes de voltarmos ao tempo, o Purepeople te lembra que o treinador iniciou a carreira no Campo Grande (RJ) nos anos 1980. Dali em diante, passaria pelos principais clubes do país: Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians, Palmeiras, Santos, Atlético-MG, Grêmio, Sport e Cruzeiro.
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Em 2000, a Justiça Federal passou a investigar Luxemburgo por sonegação fiscal entre 1993 e 1997. Acontece que o técnico foi acusado de falsificar sua idade. A Polícia Federal através de certidão de batismo descobriu que ele nasceu em 10 de maio de 1952, mas o passaporte indicava o nascimento como ocorrido em 1955.
"Ele teria adulterado sua idade para atuar como 'gato' - jogador com idade acima da permitida- nas categorias de base e participar de competições com limite de idade (uma delas pela seleção, o Torneio de Toulon)", relatou a "Folha de S.Paulo" em 31 de outubro.
A investigação também acusou o treinador de usar essa informação falsa para expedir quatro passaportes e o CPF.
Àquela altura, Luxemburgo já havia sido demitido há 30 dias do comando da Seleção. "Além das denúncias que assolaram sua vida pessoal - o técnico foi acusado de sonegação fiscal, adulteração de documentos e de participação financeira na venda de jogadores -, Luxemburgo vive péssima fase como treinador e perdeu a confiança de (Ricardo) Teixeira (então presidente da CBF). Após o vexame da seleção masculina na Olimpíada de Sydney (perdeu para Camarões), sua situação ficou insustentável", noticiou o jornal.
Já em maio de 2001, um juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio acolheu a denúncia contra Luxemburgo e ele se tornou réu. A condenação viria em julho de 2003 somada à multa de quase R$ 480 mil.
E um outro problema com a Justiça viria em março de 2012, quando foi condenado por fraude após declarar que morava em Palmas, no Tocantins, visando transferir para a capital seu domicílio eleitoral. A documentação, no entanto, foi considerada falsa. A pena de prisão acabou convertida em prestação de serviços.
