





Quando você pensa que já viu de tudo nas novelas mexicanas, vem a Televisa e lança "Juegos de Amor y Poder" para provar que sempre dá pra subir o nível da ousadia... ou descer o sarrafo moral. Com uma cena que chocou até os mais calejados noveleiros — um vilão bissexual oferecendo o próprio corpo em troca de favores e uma insinuação de sexo gay logo depois — a trama agitou os internautas e os telespectadores no México.
Sim, a novela que começou como mais um drama familiar sobre amor, poder e segredos de bastidor virou assunto nacional — e não é à toa. Entre escândalos políticos, crimes encobertos e uma enxurrada de paixões proibidas, a produção de Carlos Bardasano está dando o que falar.
"Juegos de Amor y Poder" gira em torno de Luciana Espinoza, interpretada pela sempre competente Claudia Martín, uma psicóloga marcada pela morte dos pais e pela lealdade à sua poderosa família adotiva, os Ferrer. Só que o destino tem planos mais dramáticos: ela se apaixona perdidamente por Roberto Roldán (Arap Bethke), um promotor de justiça tão obstinado quanto charmoso, apelidado de “Fiscal Fúria”. Pena que o primeiro caso que ele pega envolve... a família dela.
A tensão explode quando o irmão de criação de Luciana, Adrián Ferrer (Tristán Maze), se vê no meio de um crime cometido após uma noite de bebedeira e imprudência. A vítima? Ninguém menos que o futuro político do país, já que Enrique Ferrer (Eduardo Santamarina), pai do rapaz, é um dos principais candidatos à presidência. A partir daí, o conflito entre amor e lealdade vira um campo minado.
É uma das cenas mais comentadas do momento: Memo (interpretado por Carlos Said) tenta seduzir Germán Torres (vivido por Alan Slim) para convencê-lo a apoiar a campanha de Enrique Ferrer. O flerte direto e a tensão sexual entre os dois resultam em uma sequência ousada, com forte sugestão de sexo entre homens — algo ainda raro em novelas da Televisa. A repercussão foi imediata: a cena dividiu opiniões nas redes sociais, mas ajudou a alavancar a audiência da trama.
Além disso, a novela também aborda a história de Patricio Ferrer (interpretado por Lambda García), filho mais velho de Enrique, rejeitado pela mãe por conta de sua orientação sexual. O personagem, bissexual, protagoniza seus próprios conflitos ao tentar proteger os segredos da família a qualquer custo.
O elenco de "Juegos de Amor y Poder" traz nomes de peso e personagens que parecem ter saído de um tabuleiro de intrigas:
- Claudia Martín como Camila Avendaño: uma mulher determinada que tenta manter a família unida enquanto enfrenta dilemas éticos e afetivos.
- Arap Bethke como Enrique Ferrer: político ambicioso e carismático, mas com um passado cheio de segredos que ameaçam destruir tudo o que construiu.
- Mayrín Villanueva como Inés Avendaño: a esposa perfeita em aparência, mas cheia de rachaduras emocionais e ressentimentos velados.
- Alejandra Barros como Mariana Avendaño: politóloga espirituosa e crítica, que guarda feridas mal resolvidas com o pai.
- Sylvia Pasquel como Mercedes: a avó coração de ouro que tenta limpar o nome do filho falecido e manter a família unida.
- Alejandro Tommasi como Francisco: político experiente e manipulador, sempre disposto a apagar qualquer escândalo — a qualquer custo.
- Lorena Graniewicz como Karina: ex-esposa de Roberto e atual amante do sogro, mergulhada em um jogo perigoso de traições.
- Carlos Said como Memo Solís: sobrinho de Enrique, um jovem instável e manipulador que ultrapassa todos os limites para fugir da justiça — inclusive seduzir Germán.
- Alan Slim como Germán Torres: assessor influente e calculista, envolvido em uma das cenas mais ousadas da trama com Memo.
- Lambda García como Patricio Ferrer: filho mais velho de Enrique, bissexual, rejeitado pela mãe, disposto a tudo para proteger os segredos da família.
- Ariana Saavedra como Alexandra: a namorada ingênua que se vê tragada por uma rede de crimes e mentiras que nunca imaginou presenciar.
"Juegos de Amor y Poder" vai ao ar de segunda a sexta, às 21h30, pelo canal Las Estrellas da Televisa no YouTube — totalmente gratuita e em espanhol.
- Trama atualíssima: corrupção, moralidade seletiva, fake news e manipulação política — tudo com boas doses de romance.
- Representatividade (aos trancos e barracos): a novela toca em temas LGBTQIA+ com um pé na polêmica e outro na tentativa de abrir diálogo.
- Elenco de peso: performances intensas que seguram o rojão da trama, mesmo quando o roteiro flerta com o exagero.
- Produção de primeira: direção moderna, fotografia caprichada e uma trilha sonora que vai da tensão ao suspiro em segundos.
- Momentos "me segura que vou gritar": cenas ousadas, reviravoltas inacreditáveis e confrontos familiares que fariam qualquer terapeuta pedir férias.
Com 70 capítulos prometendo virar do avesso a vida de cada personagem, "Juegos de Amor y Poder" já é um fenômeno. A pergunta que não quer calar é: o amor vence, ou o poder engole tudo? Enquanto isso, a gente assiste com a pipoca na mão — e o queixo caído.