






O julgamento dos profissionais de saúde que estiveram com Diego Maradona nos momentos que antecederam sua morte teve início nesta terça-feira (11). As primeiras horas já foram marcadas por confusão: a ex-namorada do craque, Verónica Ojeda, xingou a psiquiatra Agustina Cosachov, ré no processo.
Vestindo uma camisa com a imagem de Maradona, Verónica pediu justiça ao chegar e caiu no choro. Assim que viu a psiquiatria, ela começou a gritar e a insultá-la. Segundo informações do site argentino Infobae, a ex do craque chamou Agustina de “perra malparida”, o que em espanhol seria equivalenta à "cadela vadia".
Autoridades judiciais e a polícia tiveram que intervir. A psiquiatra correu para o outro lado do corredor e a ex de Maradona caiu no choro novamente.
Além de Verónica, Dalma e Jana Maradona, filhas do craque, também marcaram presença no tribunal.
Maradona sofreu um ataque cardíaco poucos dias depois de passar por uma cirurgia. O atleta foi submetido à operação para tratar um hematoma subdural no cérebro. A princípio, o falecimento foi classificado como natural. No entanto, um relatório médico independente apontou que o jogador agonizou por cerca de 12 horas, sem receber um atendimento adequado, o que poderia tê-lo salvado da morte. Segundo o documento, o argentino foi "abandonado à própria sorte".
O Departamento de Justiça da Argentina acusa os profissionais de saúde de “homicídio simples com dolo eventual” e apresenta provas de que a negligência deles causou a morte do ídolo do futebol. As penas podem chegar a 25 anos de prisão.
Além da psiquiatra xingada por Verónica, mais seis profissionais estão entre os réus. São eles: um neurocirurgião, que era médico pessoal de Maradona, um clínico geral, uma médica coordenadora do plano de saúde, um chefe de enfermagem, um enfermeiro e um psicólogo. Uma enfermeira completa a lista, mas vai a júri popular em julho.