
Em um universo onde a juventude costuma ser exaltada como critério absoluto de beleza, Maye Musk é a prova viva de que elegância, estilo e atitude não têm prazo de validade. Aos 76 anos, a mãe do bilionário Elon Musk segue desfilando sua presença poderosa por capas de revistas, campanhas internacionais e eventos de moda — e com direito a troféus, recordes e milhões de fãs ao redor do mundo.
"Quando eu tinha 15 anos, me disseram que uma carreira de modelo acabava aos 18", contou ela em um post recente no Instagram, em que compartilhou com seus seguidores uma imagem segurando um troféu do Fashion Media Awards — evento anual, promovido pela The Daily Front Row, que reconhece os principais nomes e tendências do mercado da moda. "Bem, ao permanecer no ramo, recebi prêmios de moda aos 70", ironizou.
Nascida em 1948 no Canadá, Maye Musk se mudou ainda pequena com a família para Pretória, na África do Sul. Foi lá que, aos 15 anos, começou a trabalhar como modelo, participando de concursos de beleza locais. Com um visual clássico, que sempre combinou elegância e presença, ela logo se destacou, mas sua vida seguiu um curso muito diferente do glamour que viria décadas depois.

Maye se casou cedo, enfrentou um casamento abusivo e acabou criando sozinha seus três filhos — Elon, Kimbal e Tosca — após o divórcio. Para sustentar a família, conciliava trabalhos como modelo com sua formação acadêmica. Ela é mestre em Ciências da Nutrição por duas universidades e chegou a dar palestras e atender como nutricionista clínica por muitos anos. Uau!
Durante esse período, a carreira na moda ficou em segundo plano, mas nunca foi abandonada. Maye seguiu modelando de forma esporádica até, já aos 60 anos, ver sua imagem ser redescoberta pela indústria da moda internacional, agora com seus icônicos cabelos prateados e uma atitude que transmite força, maturidade e autenticidade.
Aos 69 anos, Maye estrelou um clipe de Beyoncé. Aos 70, virou garota-propaganda da CoverGir, marca norte-americana de cosméticos. Aos 74, quebrou barreiras ao se tornar a mulher mais velha a estampar a capa da edição de maiôs da Sports Illustrated, ao lado de Kim Kardashian, Ciara e Yumi Nu.

Foi a consagração de uma carreira que parecia improvável — mas que ela nunca abandonou. “Estou muito animada para que as pessoas saibam que mulheres na faixa dos 70 anos são lindas”, disse ela em um vídeo da revista. Maye também já foi destaque nas capas de revistas como Vogue, Time, Elle, New York Magazine e L’Officiel, desfilou para grifes renomadas e é frequentemente convidada para eventos de moda e conferências de bem-estar ao redor do mundo.
Se Elon Musk enfrenta críticas e tensões políticas na China, sua mãe virou um fenômeno pop por lá. Seu livro autobiográfico, "A Woman Makes A Plan", virou best-seller e, com frequência, ela é chamada para eventos que atraem multidões. Já estrelou campanhas de produtos chineses — de cintas massageadoras a dispositivos eletrônicos — e qualquer aparição sua nas redes sociais locais se transforma em sucesso de vendas.
Influenciadoras se gabam por usar os mesmos produtos que "a mãe de Elon Musk", mas o fascínio vai muito além da conexão com o magnata da tecnologia. Maye é celebrada por sua autenticidade, por sua história de superação, e por mostrar que não existe idade certa para começar de novo, ou para continuar brilhando.