O Dia do Amigo, celebrado em 20 de julho, é uma data especial que marca a união fraterna entre pessoas que se conectam por algum sentido. Na ficção não é muito diferente, muitos personagens viveram relações de unha e carne com trocas de conselhos, discussões, mas que, no final das contas, mantiveram a amizade.
Um fato curioso nas novelas brasileiras é que a amizade nem sempre se resume a pessoas de carne e osso. Alguns dos companheiros mais fiéis, divertidos e improváveis vieram do reino animal, ou até mesmo da natureza, e conquistaram o público de um jeito único.
Atualmente na Globo, no horário das seis, temos o carismático Policarpo, que voltou ao ar recentemente como grande amigo de Candinho (Sergio Guizé) em ‘Êta Mundo Melhor!’. Mais que um burro, Policarpo aconselha, protege e vive situações cômicas ao lado do protagonista. E uma curiosidade toma conta dos bastidores: apesar do nome masculino, Policarpo é interpretado por Juliana, uma burrinha fêmea que encanta pela doçura.
Não é de hoje que Walcyr Carrasco usa truque semelhante para cativar o público. Em ‘Caras e Bocas’ (2009), o público conheceu Xico, um macaco artista que ajudava Dênis (Marcos Pasquim) a sair de enrascadas, além disso, ele tinha um talento: a pintura. Assim como Policarpo, Xico era, na vida real, uma fêmea chamada Kate.
Em ‘Alma Gêmea’ (2005), reprisada em 2024 no Vale a Pena Ver de Novo, quem ocupou o lugar de confidente fiel foi Doralice, uma pata que ouvia os desabafos e sonhos de Mirna (Fernanda Souza).
Já na última novela escrita por Manoel Carlos, ‘Em Família’ (2014), a vilã Shirley (Vivianne Pasmanter) tinha ao lado dela ninguém menos que Serafina, uma jiboia que a acompanhava com imponência e criava cenas marcantes.
Outro exemplo inesquecível foi Ariana, a cabra de ‘Flor do Caribe’ (2013). Companheira inseparável do simples e puro Candinho (José Loreto), ela esteve presente em momentos de ternura e até em situações de humor.
No remake de ‘Carrossel’ (2012), exibido pelo SBT, Rabito, um border collie, tornou-se melhor amigo de Mário (Gustavo Daneluz). A amizade entre menino e cão emocionou crianças e adultos, principalmente quando ele descobriu que seu amigo, na verdade, se chamava Malhado e pertencia a outra família.
E, para provar que até a natureza pode ser amiga, temos Minguinho, o ‘Meu Pé de Laranja Lima’. Na história, Zezé encontrava conforto, companhia e esperança conversando com a árvore que simbolizava inocência e afeto em meio a dificuldades.
Esses amigos improváveis mostram que a amizade verdadeira ultrapassa qualquer barreira: espécie, forma ou tamanho. No fim das contas, lealdade e carinho são universais, e é por isso que esses companheiros ficaram para sempre na memória afetiva de quem ama novelas.