
Em 'Vale Tudo’ de 1988, Eugênio (Sérgio Mamberti) era um dos personagens mais interessantes da novela sem fazer parte dos grandes conflitos e reviravoltas das principais histórias.
Longe dos destaques da trama como Heleninha, Odete, Raquel, Maria de Fátima, Afonso, Ivan, entre outros, o mordomo da casa dos Roitman se destacava por sua elegância, inteligência, e acima de tudo, amor ao cinema. De fato, Eugênio era o ‘respiro’ da novela, mas um respiro cheio de personalidade.
Na trama original, Eugênio era mais do que um serviçal dos milionários, e sim um cinéfilo à moda antiga, que vivia citando diálogos inesquecíveis. Entre as referências do cinema mundial, ele lembrava 'O Mágico de Oz' e 'Juventude Transviada', por exemplo.

Em determinado momento do folhetim, o empregado lembrou 'O Selvagem' ao detalhar para Heleninha (Renata Sorrah) as roupas de Johnny, papel de Marlon Brando: "A senhora se lembra dele andando de motocicleta com aquela roupa de couro...".
Já no remake assinado por Manuela Dias, o personagem perde completamente sua essência. Interpretado por Luís Salém, o mordomo se resume a figurante de luxo.
Desde sua primeira aparição na novela que estreou em 31 de março, Eugênio se resume a servir a mesa, a fazer breves comentários sobre situações ocasionais da família e a reverenciar Heleninha (Paolla Oliveira), sua patroa e amiga.

No X, antigo Twitter, grande parte dos internautas critica a participação insossa de Luís Salém, ator que já contribuiu para o humor em diversas novelas da Globo. "Realmente é decepcionante. Poderia manter o lado cinéfilo dele o mostrar que falando de seriados, quem sabe..." diz a internauta Natália.
"Podia ao menos ser noveleiro", induz o perfil chamado Maria Noveleira'. "Ele poderia ser mais engraçado pra não ficar estigmatizando. A Globo apagou o personagem", escreve Mariana Marçal Dias. Já o perfil chamado Sonic encoraja o ator. "Tem momentos que parece que ele quer ousar e engatar, mas parece que é cortado. Força Salém."