






A linguagem é uma ferramenta poderosa na comunicação humana, capaz de consolidar identidades culturais e, ao mesmo tempo, carregar conotações que vão além do seu significado literal. Recentemente, uma discussão se intensificou nas redes sociais quando Vitória Strada corrigiu Edy no "BBB 25" por utilizar o termo "denegrir".
De acordo com o Dicionário Etimológico, a palavra "denegrir" deriva do latim "denigrare", significando literalmente "tornar escuro". Contudo, a polêmica não reside na sua etimologia, mas sim no seu uso figurado. No dicionário Michaelis, um dos significados de "denegrir" é "manchar a reputação", o que levanta debates sobre a associação implícita entre escuridão e negatividade.
"Denegrir é uma palavra que a gente foi criado falando, mas a gente aprende que não é correto por que vem de negritude. É uma palavra que é 'deixar negro'", explicou a namorada do ator Daniel Rocha, que acaba de escapar do Paredão na dinâmica do bate-volta.
Palavras e expressões que associam a cor negra a algo negativo — ou que fazem correlações positivas com a cor branca, como "inveja branca" — podem perpetuar estereótipos prejudiciais.
Na busca por um vocabulário mais inclusivo, várias alternativas podem ser adotadas para substituir expressões problemáticas. Em vez de "denegrir", pode-se usar termos como "difamar", "desacreditar" ou "difamar", que transmitem a mesma ideia sem as conotações negativas associadas à cor.
- Difamar: Usado para indicar a ação de prejudicar a reputação de alguém sem as implicações raciais.
- Desacreditar: Esta expressão foca diretamente no ato de retirar a credibilidade de alguém.
- Manchar: Embora também signifique macular uma reputação, essa palavra está menos carregada de conotações raciais.
Essas substituições fazem parte de um esforço coletivo para modificar padrões enraizados e, ao mesmo tempo, permitir um diálogo mais rico e inclusivo.