A socialite Val Marchiori revelou, nesta terça-feira (26), que foi diagnosticada com câncer de mama. Em um forte e sincero depoimento, a empresária, famosa por participar do reality show “Mulheres Ricas”, confessa que adiou a realização da mamografia por medo.
"Quando recebi a notícia, fiquei sem chão. Me culpei por ter adiado tanto o exame e sei que muitas também deixam de fazer por medo. Não podemos deixar isso acontecer", alertou Val, que descobriu um tumor maligno na mama direita.
O diagnóstico precoce é um dos principais aliados na cura para o câncer de mama. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a doença tem 90% de chance de ser combatida se for descoberta em estágio inicial. Por isso, é essencial a realização da mamografia.
A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) é que todas as mulheres a partir dos 40 anos façam mamografia anualmente. Mesmo sem sintomas ou nódulos aparentes, é importante a realização porque este exame de imagem ajuda a identificar lesões em estágio inicial, aquelas que nem mesmo o toque ainda é capaz de detectar. Este processo ganha o nome de mamografia de rastreio.
Para as mulheres com alto risco de câncer de mama, a recomendação é que a mamografia seja realizada a partir dos 35 anos. Nestes casos, a paciente passa por um diferente protocolo de rastreamento, que, além da mamografia, pode demandar necessidade de ressonância magnética das mamas.
Entre as mulheres com alto risco, estão aquelas com parentes de primeiro grau que já tiveram câncer de mama ou câncer de ovário, passaram por tratamento de câncer de tórax ou tenham diagnóstico de alguma mutação genética. Foi o caso de Angelina Jolie, que retirou preventivamente as mamas e os ovários por conta de uma mutação genética (BRCA1) que aumentava muito as chances da doença.
Não há comprovação de benefícios da mamografia para mulheres que ainda não atingiram os 40 anos e estão fora do grupo de risco. Neste caso, o recomendado é a realização do autoexame. É um processo que ajuda no conhecimento do próprio corpo. “Durante a palpação, é importante avaliar o tamanho, a forma e a cor das mamas, além de notar se há inchaços, saliências, nódulos e rugosidades nas mamas", orienta a Dra. Viviane Monteiro, em entrevista ao Purepeople.