
A aplicação de formol em alisamentos, prática conhecida como "escova progressiva com formol", ainda é comum em salões clandestinos, mas representa sérios riscos à saúde. Segundo a cabeleireira e especialista em tratamentos capilares Rafaela de la Lastra, além de causar diversos danos físicos, o uso da substância em cosméticos é proibido pela Anvisa e pode ser enquadrado como crime.
“Usar formol em alisamentos é extremamente perigoso e ilegal. Não apenas para quem aplica, mas também para o profissional que fica exposto aos vapores tóxicos”, alertou Rafaela.
O formol, ou formaldeído, é uma substância altamente tóxica e cancerígena. Embora em concentrações mínimas (até 0,2%) seja permitido em cosméticos como conservante, seu uso com função de alisamento é vetado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009.
A exposição frequente ao formol pode causar:
- Irritação nos olhos, nariz e garganta
- Queda de cabelo e queimaduras no couro cabeludo
- Dificuldade respiratória e crises de asma
- Riscos aumentados de câncer, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
De acordo com a legislação brasileira, o uso indevido de formol configura crime contra a saúde pública, previsto no artigo 273 do Código Penal, com pena que pode chegar a 10 anos de reclusão. O profissional que comercializa ou aplica produtos com a substância em desacordo com as normas da Anvisa pode ser responsabilizado criminalmente.
“É um ato irresponsável e perigoso. Alisar cabelos com formol é crime e ainda coloca vidas em risco”, reforça Rafaela, que é conhecida por defender tratamentos capilares seguros e livres de componentes tóxicos. A especialista ainda orienta consumidores a exigirem dos salões informações detalhadas sobre os produtos utilizados. "Todo cliente tem o direito de saber o que está sendo aplicado no seu cabelo", conclui.