Os noveleiros dos anos 80 devem ter acompanhado a carreira de Silvana Teixeira. Naquela época, atriz que viveu uma fase de grande ascensão na televisão, especialmente ao se destacar como apresentadora infantil.
Sua trajetória artística começou em 1981, na TV Cultura, onde conquistou o espaço como atriz. “Eu soube que a Cultura iria lançar um projeto de tele-romance. Fiz um teste na emissora, fui aprovada e participei de várias produções”, contou ela em entrevista ao TV História.
Entre os trabalhos citados peor Silvana estão Menina de Olho no Fundo, Abdias, Floradas na Serra, Nem Rebeldes, Nem Fiéis, O Tronco do Ipê e Iaiá Garcia, produções que ajudaram a consolidar seu nome no início da carreira.
Dois anos depois, ela migrou para o mundo das crianças ao fazer parte do programa Infantil Bambalalão, onde ganhou destaque ao compartilhar o projeto com Gigi Anhelli. “Foi uma experiência muito legal, era um programa ao vivo e totalmente voltado para as crianças, algo que nunca tinha feito. Me identifiquei muito com esse público”.
Entre os quadros de maior sucesso estava Bambaleão e Silvana, a qual ela contracenava com Chiquinho Brandão, ator que manipulava um leãozinho. “Trabalhar com Chiquinho era demais, a maioria das falas era tudo no improviso. O quadro agradava a todos: as crianças, que adoravam o boneco, e os adultos, que curtiam o romance e as cantadas do Bambaleão. Chiquinho faz muita falta”, recorda ela ao lembrar do colega de elenco, que faleceu em um acidente de carro no ano de 1991.
Embora Silvana Teixeira fizesse o maior sucesso na Cultura, um dos maiores sonhos da atriz era integrar o elenco da Globo. A oportunidade surgiu em 1984, quando foi convidada para protagonizar a novela 'Livre Para Voar', ao lado de Tony Ramos.
Com receio de perder o prestígio conquistado na Cultura, a atriz recusou o convite, sendo substituída por Carla Camurati. “Eu inventava justificativas, dizia que achava desnecessário cortar o cabelo, cada hora dava uma desculpa. A verdade é que eu não queria deixar a Cultura, porque lá eu era paparicada por todo mundo, do diretor até o porteiro. É claro que todo mundo quer trabalhar na Globo, mas eu morria de medo de sair da Cultura”, contou ao site Notícias da TV.
Com o fim do Bambalalão, Silvana voltou a receber convite da Globo para integrar o time do jornalismo como a garota do tempo no São Paulo Já. Era divertido fazer: se estava sol, me vestia com roupa de verão, se estava frio, ia com roupas de inverno. Recebia muitas cartas dos espectadores”.
A migração foi essencial para que Silvana chegasse de fato à Globo, mas o sonho de atuar em uma produção de teledramaturgia da emissora nunca se concretizou. “Eu sempre quis muito fazer novela, e indo para a emissora teria a chance de trabalhar como atriz. Sempre que surgia um teste, eu pedia para fazer, mas nunca deixavam, pois era contratada do jornalismo. Acabei ficando chateada, e deixei o telejornal”.
Nos anos 90, Silvana participou de várias peças de teatro e trabalho no infantil Agente G, da Record. Atualmente aos 68 anos, ela é proprietária da loja Pet da Sil e vive bem longe da TV.