Final de 'Round 6' foi bom? 5 erros imperdoáveis e 5 acertos grandiosos que marcaram o final do dorama mais popular da Netflix
Publicado em 3 de julho de 2025 às 08:16
Por Hernane Freitas | Colaborador TV e celebs
Amante do universo pop e das celebridades em geral. Não vivo sem música, uma boa xícara de chá verde e te dou as melhores recomendações de doramas.
Entre erros e acertos, 'Round 6' terminou sua jornada como dorama mais popular do mundo. Veja aqui como o fenômeno da Netflix encerrou e o que poderia ter feito diferente
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A terceira temporada de 'Round 6', que chegou ao catálogo da Netflix no último dia 27 de junho, marcou o encerramento do dorama mais popular do mundo. No entanto, a forma como tudo aconteceu acabou dividindo opiniões de internautas e deixando muita gente confusa - aqui no Purepeople te explicamos tudo o que rolou.

Para entendermos o que o diretor de 'Round 6' quis transmitir com seu final, basta nos lembrarmos da principal crítica social do k-drama ao capitalismo e espetacularização da pobreza. Isso quer dizer que foi bom? Não exatamente, mas indica que tudo teve uma razão e um motivo maior envolvendo o diretor e roteirista desta obra de grande sucesso.

Hoje vamos ser sinceros e críticos e trazer, com uma análise detalhada, 5 acertos excelentes e 5 erros imperdoáveis da temporada final de 'Round 6'. Será que você vai concordar com nossa opinião?

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Acertos da 3ª temporada de 'Round 6'

Da fotografia impecável ao protagonismo de Lee Jung-jae, 'Round 6' acerta em manter a sua crítica social mais afiada do que nunca.

1. 'Round 6' cumpre com o seu papel de crítica social

É impossível falar de 'Round 6' sem mencionar a crítica da série à sociedade moderna e ao capitalismo agressivo. A temporada final abordou, com complexidade, a desigualdade social, o abuso de poder e a exploração humana. E eu sou fã de como a série faz isso de maneira tão direta e sem rodeios. Não se trata só de um jogo com pessoas lutando por dinheiro, mas de uma metáfora poderosa sobre como a sociedade se organiza para destruir as pessoas mais vulneráveis em busca de lucro e poder.

2. Lee Jung-jae é o motor do k-drama 

Se tem algo que todo mundo concorda, é que Lee Jung-jae fez um trabalho brilhante como Gi-hun. Ele conseguiu carregar nas costas uma temporada cheia de emoções intensas, mesmo quando seu personagem estava no fundo do poço e expressando até menos falas que o convencional. Eu não sou de me emocionar facilmente com um personagem, mas as cenas finais de Gi-hun me tiraram lágrimas dos olhos.

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3. Os jogos estiveram mais crueis do que nunca

Muita gente só assiste 'Round 6' por causa dos jogos, e esta realmente é a parte que mais enriquece o dorama. Na terceira temporada, com exceção do jogo de pular corda, que foi o mais básico de todos, os outros dois (Jogo da Lula nas alturas e Esconde-esconde) desafiaram o caráter de cada um dos personagens e os colocaram em verdadeiros dilemas. Afinal de contas, até onde alguém poderia ir para seu benefício próprio? 

4. Um visual para ninguém colocar defeitos

Não tem como negar: a estética de 'Round 6' nunca decepciona e a produção visual da temporada final foi impecável. Cada novo jogo parecia mais macabro e surreal que o anterior, criando aquele ambiente de tensão e desconforto que faz a série ser tão impactante. Cada cenário, cada detalhe visual tinha uma função clara de envolver o espectador no clima angustiante do jogo. A direção de arte realmente foi um dos pontos fortes dessa temporada.

5. Diálogos maduros e lições de vida

Um dos maiores papeis de 'Round 6' é a busca pela transformação da sociedade, e alguns diálogos deixam isso bem claro. Além de muitos outros ensinamentos de vida, uma conversa entre Geum-ja (149) e Gi-hun na noite antes da morte da personagem tem um peso maior do que as outras, especialmente quando ela diz o seguinte:

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"A vida vai ser sempre muito injusta, tanta gente ruim culpa os outros pelo que fez, e aí seguem a vida, sem um pingo de preocupação. Enquanto isso, pessoas boas ficam se culpando por cada coisinha que dá errado, e ficam se torturando".

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Erros da 3ª temporada de 'Round 6'

Sim, a terceira temporada de 'Round 6' tem erros - e não são poucos. Desde o final conturbado ao mal aproveitamento do elenco, estes pontos deixaram a desejar no encerramento do k-drama.

1. Um desfecho apressado e confuso

Aqui entra um ponto polêmico, né? O final da temporada gerou muitas discussões entre o público, e com razão. O desfecho até fez sentido com a crítica social do k-drama, mas, para mim, ele pareceu apressado e até um pouco incoerente. A série construiu tudo com tanto cuidado nas temporadas anteriores, mas o final foi resolvido com muitas questões abertas, como se os roteiristas quisessem dar uma conclusão rápida a algo que deveria ser mais profundo.

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2. Personagens secundários desaproveitados

Quem aí ficou com a sensação de que personagens super interessantes foram deixados de lado? Eu senti que figuras que tiveram destaque nas temporadas anteriores ficaram praticamente sem papel na história, o que foi frustrante. O policial In-ho, por exemplo, ficou com um arco mal desenvolvido e passou a série inteira para, no fim, encontrar a ilha já quase explodindo. 

Não precisava ser o foco principal, mas um pouco mais de detalhe teria dado um encerramento melhor para esses personagens.

3. Uma final com figurantes?

Talvez um dos maiores erros de 'Round 6' foi acabar com os personagens principais cedo demais. Alguns jogadores, como Dae-ho (388) e até o próprio Nam-gyu (124) tinham muito mais para agregar no futuro, sem falar da morte precoce de Hyun-ju (120) por puro roteiro. No final, ficaram apenas Gi-hun (456) e Myung-gi (333) cercados de vários figurantes decidindo a final do dorama. Rostos mais conhecidos - e queridos - teriam tornado isso mais interessante.

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4. O uso de CGI é imperdoável

Eu sei que CGI faz parte do processo criativo de muitas produções hoje em dia, mas alguns efeitos nessa temporada foram bizarros. A cena envolvendo o nascimento do bebê de Jun-hee, por exemplo, ficou com uma cara de artificial demais, e eu confesso que perdi um pouco a imersão na história. E quando falamos do cachorro do Capitão Park que mais parecia um boneco Labubu? Isso foi um grande erro, porque tirou a gravidade da cena e fez com que todo o momento fosse menos impactante.

5. 'Round 6' não fez questão de responder perguntas

Olha, a série sempre foi complexa, e eu sempre amei isso, mas a temporada final parece ter se perdido um pouco nesse aspecto. Muitos elementos foram jogados na história sem uma explicação clara, e isso confundiu bastante a trama. Em alguns momentos, eu me senti tentando entender uma lógica que parecia não chegar a lugar nenhum... e de fato não chegou, já que terminamos a série cheios de dúvidas.

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