Depois de quatro partes lançadas em cada semana, o dorama 'Se a Vida Te Der Tangerinas...' chegou ao fim na última sexta-feira (28) na Netflix. Entre muito choro ao longo dos 16 episódios, encanto com a história de amor de Ae-sun e Gwan-sik e ensinamentos valiosos de vida, muita gente tem aclamado este k-drama como o melhor de 2025 até o momento.
E motivos para esse título não faltam. De uma profundidade e sensibilidade que poucas séries conseguem transmitir, em especial com a ajuda do elenco composto por IU, Park Bo-gum, Moon So-ri e Park Hae-joon, 'Se a Vida Te Der Tangerinas...' ensinou lições valiosas sobre o amor verdadeiro e família, além das transformações em uma Coreia em crise, pós-guerra e modernizada.
E o que não só o episódio final, como o último bloco do dorama transmitiu para o público foi extensão do que já vinha preparando desde o começo: pequenas lágrimas se transformaram em uma cachoeira de emoção que muitos de nós nunca iremos esquecer.
[Atenção: este texto pode conter spoilers da série mencionada. Caso você não queira vê-los, aconselhamos que não continue a leitura].
'Se a Vida Te Der Tangerins...' te faz apegar a todos os personagens da trama de maneira única e especial. E assim foi com o silencioso e tímido Gwan-sik, interpretado por Park Bo-gum no início e predominantemente por Park Hae-joon nos episódios finais, que acabou morrendo depois de uma linda história com Ae-sun.
No seu leito de morte em um hospital, Gwan-sik pede desculpas para Ae-sun, por não ter conseguido fazer sua vida ser mais fácil, se lembrando de uma briga na adolescência quando ela disse que queria se casar com um homem rico. Emocionada, ela responde: "Graças a você, eu nunca fiquei sozinha por um dia".
A partida do protagonista do dorama levou uma legião de fãs às lágrimas. Desde seu início vendendo peixes na ilha de Jeju, o pescador cativou muitas pessoas, especialmente pelos seus cuidados com a esposa e os filhos - por quem, inclusive, chegou a vender seu barco e mudar de profissão. No fim, todos os seus esforços foram recompensados com o sucesso dos filhos.
Para deixar tudo ainda mais intenso, antes de morrer Gwan-sik lê um dos poemas de Ae-sun dedicado a ele, dizendo que ela ficará bem depois de sua morte. No fim, ela usa uma expressão de gratidão "Meu querido precioso, aqui está tudo o que você passou" - que é a mesma que motiva o nome coreano do dorama.
Primogênita de Ae-sun e Gwan-sik, Geum-myeong (interpretada pela própria IU) deixa a ilha de Jeju para ir a Seul frequentar a faculdade. Durante sua estadia na capital, ela passa por diversas dificuldades financeiras e até conhece seu primeiro amor, Park Yeong-bum (Lee Jun-young), com quem acaba noivando, mas desiste do casamento por ser maltratada pela sogra.
Mas é com um antigo colega de trabalho, Park Chung-seob (Kim Seon-ho), com apelido de Picasso, que ela se reconecta depois de um desencontro e passa a ver a vida de uma nova maneira. O casamento entre os dois é um dos principais momentos do último bloco do dorama, bem como sua gravidez.
"O tamanho do amor não foi diferente. A temperatura foi. Foi a temperatura que me deixou ser eu mesma. Eu encontrei meu príncipe", diz a voz da personagem narrando a diferença entre os dois relacionamentos.
Quanto tudo parecia calmo e emocionante no final de 'Se a Vida Te Der Tangerinas...', o dorama surge com um plot twist inesperado. Depois da morte de Gwan-sik e o crescimento dos filhos, Ae-sun começa a se dedicar ainda mais às poesias pela qual sempre foi apaixonada, e consegue publicar um livro. Ela também se torna voluntária em uma casa de idosos, onde é chamada de 'professora'.
Inesperadamente, a personagem Chloe Lee, que uma doce e justa mulher, editora do seu livro. Ela é interpretada por Yeom Hye-ran, que também vive Jeon Gwang-rye, a mãe de Ae-sun no início do k-drama, antes de sua morte. Já no final, a protagonista, aos 70 anos, chama sua mãe em frente ao mar, como costumava fazer quando criança.
Então, Ae-sun espera que ela tenha reencarnado e esteja trabalhando em um emprego confortável no escritório, e não mergulhando mais. Acontece que, segundo teorias, a mãe da protagonista reencarnou como Chloe, que também é mostrada em duas cenas quando criança: enquanto seus pais são entrevistados no Festival de Flores de Jeju e quando Ae-sun fileta uma lula para ela e sua mãe.