A novela "Em Família" se despede do horário nobre da Globo com o registro de audiência aquém do esperado. A trama de Manoel Carlos teve uma média de 29 pontos do Ibope, diferente dos 35 pontos estimados para um folhetim das nove. Com término antecipado para 18 de julho, a história escrita por Maneco deu um salto nos números, chegando a 33 pontos em São Paulo e 39 no Rio de Janeiro entre os dias 7 a 12 deste mês.
Os índices melhoraram, mas ainda ficaram abaixo do que foi registrado em outros folhetins como "Salve Jorge" (39,5) e "Amor à Vida" (38,66), números considerados pouco animadores para a faixa mais cara da emissora.
Em entrevista à colunista Patrícia Kogut do jornal "O Globo" desta quarta-feira (16), o autor saiu em defesa da novela e acredita que a Globo precisa repensar as metas do ibope. "Não considero baixa a audiência que temos em São Paulo, no Rio e no PNT (nacional). Penso que deva ser uma boa audiência possível nos dias de hoje. A situação atualmente é mais realista. Não há mais hegemonia", diz o autor.
"A Globo e a mídia, de um modo geral, não se acostumaram com isso. Mas logo se acostumarão e terão que rever os números", alerta o novelista, que se despede dos folhetins aos 81 anos.
A aposentadoria, porém, está restrita ao horário nobre. O plano de Maneco é voltar à TV com histórias mais curtas, como minisséries. Uma delas é a nova história da ninfeta Anita, da trama "Presença de Anita". Mas desta vez, o autor quer mostrar a personagem madura, aos 30 anos. Para o papel, o novelista sonha novamente com Mel Lisboa para protagonizar a trama.
