
Intérprete do Benjamin na novela "Beleza Fatal" (HBO Max), Caio Blat criticou a falta do elenco na negociação dos direitos de exibição para outras emissoras. Desde segunda-feira (10), a história vem sendo exibida pela Band, enquanto que no streaming o folhetim entrou em sua penúltima semana com direito a cinco reviravoltas inesperadas.
"Fizemos a novela para a Max para abrir um novo campo de mercado. Imediatamente a novela foi vendida para uma emissora de TV aberta. A gente ficou feliz porque quer que ela chegue ao maior público possível, mas a gente não tem nenhum direito, nenhuma participação sobre isso", disparou em entrevista ao programa "DR com Demori", da TV Brasil. O bate-papo irá ao ar nesta terça-feira (11) e trechos foram antecipados pela coluna "Telinha", do jornal "Extra".
"Trabalhamos para o streaming por um valor, para aqueles assinantes. Agora eles negociam, os direitos todos são deles. Podem revender e reprisar", acrescentou Caio, com passagens pela Globo, SBT e Cultura e que também dirige o folhetim estrelado por Camila Queiroz, Camila Pitanga e Giovanna Antonelli, ligadas na vida real por uma coincidência.

+ saiba quem é quem em 'Beleza Fatal', da HBO Max e Band
O artista destacou ainda o elenco e a quantidade mais enxuta de capítulos da novela. "'Beleza fatal' é uma das primeiras novelas nesse novo formato mais dinâmico do streaming. Faz um sucesso gigantesco. São 40 episódios (saiba aqui detalhes do final). Dirigi até algumas cenas. É uma superprodução. Conseguiu pegar grandes atores consagrados que o público conhecia, confia e gosta do trabalho", pontuou.
"Nós não temos direitos garantidos. Não temos uma lei sobre os direitos conexos. Não tenho direito sobre minhas imagens. Qualquer novela ou filme que já fiz pode ser colocado no streaming sem me comunicar, nem me pagar. Os atores não recebem pelos filmes disponíveis nas plataformas e as empresas de streaming vendendo assinaturas...", lamentou Caio.
"Só existe direito autoral para o autor da novela e para o diretor. Os atores só têm os direitos conexos. "A nossa imagem, voz e interpretação está presa ali", concluiu.