O Carnaval 2022 no Rio de Janeiro foi cancelado nas ruas da cidade. Apesar disso, a festa na Marquês de Sapucaí segue firme e forte, como garantiu o prefeito Eduardo Paes (PSD) na reunião do último dia 4 de janeiro. Por isso, os blocos, agora "órfãos" de foliões, passaram a ter esperança de conseguir dar um "jeitinho" na proibição. O Cordão do Bola Preta, por exemplo, já planeja e estuda as possibilidades.
A ideia dos cortejos, vale destacar, não é burlar o sistema, mas sim achar soluções viáveis para que a festa não deixe de acontecer. Pedro Ernesto Marinho, presidente do Bola Preta, conversou com a equipe do PurePeople sobre o assunto e avaliou que o Parque Madureira seria um bom local alternativo para a folia.
"Temos preferência por ser no bairro de Madureira - a 'capital do samba' e de grandes carnavais em sua história", explica Marinho, acrescentando que os organizadores do Bola Preta também pensam em uma festa na própria sede. "A possibilidade é real. A programação de fevereiro até o final do Carnaval está em fase de planejamento, mas é certa", garante.
Em relação às preocupações por causa da alta dos números de Covid, ele pondera: "o que faremos dessa vez é respeitar todo o protocolo em vigor, não abriremos mão da segurança sanitária daqueles que quiserem estar conosco nos eventos", afirma. "O cancelamento será executado caso haja determinação das autoridades públicas", acrescenta.
© Divulgação, Fernando Maia - Riotur
Pedro Ernesto acrescenta ainda que já há datas para os eventos na sede do bloco, o que deixa claro que a organização já previa, como o próprio secretário da Saúde, o cancelamento da festa de rua na cidade.
"A princípio iniciaremos no próximo dia 20 de janeiro com a 'Feijoada do Bola'", explica o presidente do bloco, acrescentando que a mesma feijoada está prevista para os dias 5 e 19 de fevereiro.
Além disso, não só o Bola Preta, mas também outros cortejos famosos da cidade pensam em pedir autorização da prefeitura para conseguir desfilar em arenas e lonas culturais. Com a cobrança de ingressos e exigência do passaporte vacinal, eventos desse tipo seriam possíveis.
"Achamos que é a solução ideal para o momento que estamos passando", avalia Pedro Ernesto. "Ainda não temos a formalização do projeto, mas iremos a todos os órgãos públicos responsáveis buscar as autorizações", garante.









