





A adolescente de 17 anos que enviou um bolo com veneno para uma amiga, também de 17 anos, provocando sua morte, não teve nenhuma reação ao ver a vítima passar mal após ingerir o doce com arsênico. A acusação foi feita pelo pai da jovem após o sepultamento da filha nesta terça-feira (3) em Itapecerica da Serra (SP). O caso lembra o ocorrido no fim de 2024 em Santa Catarina quando uma mulher provocou a morte de três pessoas da mesma família - a acusada seria encontrada morta na cadeia há cerca de quatro meses.
Pai de Ana Luiza de Oliveira Neves, afirmou que a amiga da sua filha chegou a dormir na casa da família no final de semana. No domingo (1º), a estudante passou mal, foi levada para o hospital, voltou para casa e começou a se sentir mal novamente, caindo no banheiro. "Essa menina foi dormir lá em casa, acompanhou o caso todo. Viu (minha filha) passando mal, viu a hora que a levei no hospital e, no outro dia, também viu minha menina caindo no banheiro e não demonstrou nenhuma reação", afirmou Silvio Ferreira das Neves à imprensa.
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A amiga de Ana Luiza e responsável pela morte da jovem contou ter ficado em choque com o óbito e relatou arrependimento. Relatou ainda ter pago R$ 80 para comprar o veneno na Internet e queria apenas causar "sintomas ruins como vômitos" nas vítimas.
E alegou ciúmes, uma vez que dois garotos terminaram namoros com ela para ficarem com Ana e a primeira vez. "Absolutamente chocada", "com muita vergonha e peso na consciência" e "muito arrependida", disse a autora, que atribuiu suas atitudes à problemas psicológicos por não conseguir seus impulsos.
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A polícia teve aceito pela Justiça o pedido de apreensão provisória da menor, que confessou ter enviado o bolo com veneno para a amiga acompanhado da frase "um mimo para a garota mais linda que já vi". Há menos de um mês, em 15 de maio, essa menor enviou igualmente um bolo também com veneno para uma terceira adolescente, que escapou com vida após ser internada.
A família de Ana Luiza após a morte da filha procurou a polícia, que conseguiu imagens de câmeras de segurança no momento em que um motoboy entrega o bolo na casa da jovem por volta das 17h do sábado (31). O rapaz que é inocente foi identificado e através dele se chegou à adolescente.
De acordo com a família de Ana, ela só chegou em casa aproximadamente às 18h e comeu o bolo envenenado, começando a passar mal uma hora depois. Levada para o hospital, recebeu o diagnóstico de intoxicação, mas foi liberada.
Já no domingo, a situação se agravou e ela voltou ao hospital. Porém, 20 minutos antes de chegar à unidade sofreu parada cardiorrespiratória, segundo o relatório da equipe médica