Se a inteligência artificial da série "Cassandra" da Netflix pudesse prever o futuro do Carnaval, talvez já soubesse que a Mocidade Independente de Padre Miguel traria uma revolução tecnológica para a Sapucaí. Nesta terça-feira (4), a comissão de frente da verde e branco chamou bastante a atenção dos espectadores. Com um investimento de R$ 700 mil, a escola de samba apostou alto em inovações para levar à Marquês de Sapucaí um espetáculo que mistura tradição e futuro. O desfile contou com um robô acenando para o público, painéis interativos de inteligência artificial e até um misterioso equipamento chamado de “rádio chinês”.
No enredo retrofuturista da Mocidade Independente de Padre Miguel, a comissão de frente inovou com tecnologia de ponta. Um robô que andava e dava tchau levantou o público do Setor 1, enquanto dois cachorrinhos-robôs interagiam com os foliões na Avenida. A escola foi a primeira a não levar um tripé-palco para a apresentação, mas compensou o investimento com tecnologia de última geração, gastando cerca de R$ 700 mil.
Os 15 integrantes da comissão empurravam cinco painéis de LED de última geração, controlados por um operador com um computador. Sob os telões, partes de um humanoide gigante ganhavam movimento em uma coreografia precisa. No fim da performance, o trio de robôs aparecia para os jurados, marcando um dos momentos mais impactantes do desfile.
Arthur Correia, responsável pelos telões, desenvolveu uma plataforma de exibição que garantiu sincronia perfeita com a coreografia e o samba-enredo. “A gente fez um sistema totalmente moderno e autônomo. Os painéis têm baterias que vieram da Alemanha com autonomia de até 6 horas”, explicou. Além disso, os telões exibiram imagens geradas por inteligência artificial, tornando o espetáculo ainda mais futurista.
Para evitar interferências no sinal, a Mocidade importou um radiotransmissor chinês sem fio de última geração, conhecido como “rádio chinês”. O custo total dos telões foi de R$ 100 mil.
O investimento em robôs foi o mais alto: cerca de R$ 600 mil. O robô principal, que andava e dava tchau, custou R$ 350 mil, enquanto os dois cãezinhos-robôs somaram pelo menos R$ 200 mil. “O Renato [Lage, carnavalesco] quis trazer o que há de mais moderno no mundo dos robôs para a escola”, afirmou Márcio Mello, responsável pelos androides.
Nas redes sociais, os internautas se dividiram entre o encantamento e o espanto com a tecnologia na Sapucaí:
A Mocidade Independente surpreendeu com uma comissão de frente futurista, trazendo um robô que acena para o público, painéis de inteligência artificial e até um misterioso “rádio chinês”. “O futuro chegou na Sapucaí!”, comentou um espectador empolgado. Outro brincou sobre o calor do Rio: “Tecnologia no Carnaval? Amo! Mas será que o robô vai aguentar?”. A inovação também gerou curiosidade: “Já vi de tudo, mas um ‘rádio chinês’ no desfile é novidade. O que será que vem por aí?”, questionou um folião intrigado.
A expectativa era alta para ver como essas inovações tecnológicas se integrariam ao desfile e se a aposta milionária da Mocidade valeria a pena. Será que essa mistura de samba e inteligência artificial conquistou os jurados? A resposta estará na apuração.