Edu Guedes recebeu o diagnóstico de câncer no pâncreas, após se sentir mal há alguns dias, diante de uma infecção urinária, proveniente de crise renal. Ele foi submetido à alguns exames, ocasionando a descoberta de um nódulo na região.
Posteriormente, o chef e apresentador, que completou 51 anos no mês de maio, foi submetido a um procedimento cirúrgico de emergência no último sábado (05). Além disso, ganhou forte apoio da web, que está na torcida por sua rápida recuperação.
Na manhã desta segunda-feira (07), a comunicadora Ana Hickmann se pronunciou sobre o estado de saúde do esposo, com quem se relaciona desde 2023. Ela fez questão de agradecer por todo o apoio, além de pedir mais orações, diante do momento delicado.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) informa que o câncer no pâncreas é um dos mais letais no Brasil, estando na sétima posição do ranking. O Dr. Ramon Andrade de Mello, médico oncologista do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil, cita ao Purepeople, mais detalhes a respeito da doença:
"O câncer de pâncreas é um tipo de neoplasia que acontece, como o próprio nome diz, no pâncreas, quando há uma replicação celular desordenada, gerando um tumor que pode se disseminar, se espalhar pelo corpo, o que é chamado de metástase", disse o especialista, conforme informações à imprensa.
Neste domingo (06), Edu Guedes se manifestou por meio de sua equipe, agradecendo o apoio dos fãs, pois ainda terá alguns dias delicados para recuperação. O médico, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, explica que o diagnóstico normalmente é realizado por meio de uma tomografia que aponta a presença de uma massa no pâncreas:
"Em alguns serviços, temos disponível também a ressonância magnética, que consegue visualizar melhor as estruturas dessa região. Logo, "o diagnóstico se confirma por meio da biópsia feita através de uma exame chamado CPRE, ou colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), combinando endoscopia e radiografia", destacou o oncologista.
Paralelamente, o doutor relata que existem alguns fatores de risco para a doença, como obesidade, tabagismo, além daqueles pacientes que têm pancreatite crônica: "É uma doença difícil de ser diagnosticada na fase precoce, por isso, o rastreio regular é fundamental, principalmente para pacientes com fatores de risco", explica o médico.
No entanto, quando surgem os principais sintomas mais comuns dos pacientes, como dor abdominal, perda de peso, pele mais amarelada e nos olhos, além de vômitos, "todos esses sinais podem sugerir a presença de um câncer de pâncreas", destaca. Após o diagnóstico, o tratamento varia caso a caso, sendo necessário a realização de exames:
"Poderá definir se trata-se de uma doença operável ou não. Caso seja operável, a cirurgia pode ser indicada. Outra opção é a realização de quimioterapia seguida de cirurgia e, posteriormente, retornamos com a quimioterapia. Por sua vez, se a doença já estiver disseminada pelo organismo, a quimioterapia é usada isoladamente", detalha.
O médico destaca que se trata de uma doença com prognóstico ruim, na grande maioria dos casos: "Especialmente na doença metastática, a sobrevida é curta, podendo variar, em média, de 6 a 11 meses de vida, dependendo do tipo de tratamento que é realizado. Mas, caso seja operável, o câncer de pâncreas apresenta um diagnóstico melhor", finaliza o especialista.
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