A menos de uma semana do Oscar 2025, Fernanda Torres ganhou a torcida pública de uma figura muito popular na internet: a ex-atriz pornô Mia Khalifa. A libanesa utilizou o perfil no X, antigo Twitter, para elogiar a estrela e o filme “Ainda Estou Aqui”. O longa brasileiro concorre em três categorias, inclusive, na principal da noite, “Melhor Filme”.
“Vi ‘Ainda Estou Aqui’ neste fim de semana e fiquei sem palavras para descrever um filme tão visceral e importante. Os primeiros 30 minutos foram perfeitamente escritos e atuados. Fernanda Torres, se você não ganhar aquele Oscar, você terá sido roubada”, disparou Mia.
Mia ainda deixou um recado a Rubens Paiva, assassinado por militares durante o regime, e às vítimas da ditadura no Brasil. “Descansem em paz, Rubens Paiva e todos os presos políticos sob a ditadura militar do Brasil. Mal posso esperar para ler o livro de Marcelo [Rubens Paiva] e aprender mais sobre esta família resiliente e era trágica na história do Brasil”, completou.
Mia é libanesa e vive nos Estados Unidos há cerca de 25 anos. Em 2014, ela se rendeu a um convite para se tornar modelo e, pouco tempo depois, virou atriz pornô. A fama mundial veio em um vídeo onde ela aparece com o hijab, a tradicional vestimenta da doutrina islâmica que cobre a cabeça das mulheres.
Ela acreditou que pudesse ser atriz pornô em segredo, mas, com o sucesso do vídeo polêmico, Mia se tornou uma das pessoas mais buscadas da história do site Pornhub. A jovem recebeu apenas 12 mil dólares pelos trabalhos e não fatura um mísero centavo pelos royalties.
Apesar de ainda trabalhar com conteúdos sensuais no OnlyFans, Mia afirma que se arrependeu de entrar para o mercado pornográfico e seu caso rendeu debates sobre direitos e proteção às trabalhadoras desta indústria.
"Quando saio na rua, sinto como se as pessoas pudessem ver através da minha roupa e me sinto profundamente envergonhada. Tenho a sensação de que perdi direito a toda a minha privacidade. E perdi, porque estou a um clique de distância no Google", disse Mia, em depoimento publicado pela BBC.
