Fausto Silva, o Faustão, está internado em São Paulo após passar por dois novos transplantes e enfrentar um quadro de sepse, condição grave e potencialmente fatal provocada por infecções.
Segundo a Dra. Niedja Curti, a sepse é causada por bactérias ou vírus, que desencadeiam uma disfunção no organismo e impedem que o sistema circulatório forneça sangue suficiente para órgãos e tecidos. Essa falha pode comprometer funções vitais e levar à morte, caso não seja tratada rapidamente.
E, embora a probabilidade seja maior em casos de pacientes já hospitalizados para tratar um quadro infeccioso, existe um grupo ainda mais vulnerável.
“Qualquer pessoa pode sofrer com a infecção generalizada, entretanto, alguns grupos são mais suscetíveis a desenvolverem casos críticos de infecções. Crianças com menos de um ano, bebês prematuros, idosos, pacientes que passaram por quimioterapia, usuários de corticosteróides, portadores do vírus HIV, pacientes com câncer, diabéticos ou aqueles com doenças crônicas, como insuficiência renal estão entre os com riscos maiores”, alerta.
A médica explica que as causas mais comuns dessa disfunção são “infecções nos pulmões, na pele e na região abdominal em órgãos como apêndice, intestino, rins, além de infecções urinárias ou meningite”.
De acordo com a especialista, “quando o corpo não consegue fazer esse processo, a infecção faz com que o organismo lance mecanismos de defesa que prejudicam suas funções vitais”. Nessas situações, o paciente pode apresentar queda de pressão arterial, redução na produção de urina, falta de ar, taquicardia, alteração de consciência, fraqueza extrema e vômitos.
A cura da sepse, segundo a médica, “está diretamente ligada ao status clínico do paciente e a expertise da equipe médica de atuação no caso. É necessário que os profissionais tenham sensibilidade na detecção precoce dos sinais no paciente para uma rápida atuação”.
Ela reforça que a sepse não acontece apenas no ambiente hospitalar. “Como medida preventiva é importante não se automedicar, cultivar hábitos saudáveis e não fazer uso desnecessário de antibióticos”, finaliza.
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