





Nesta segunda-feira (12), Isabel Veloso compartilhou em suas redes sociais que seus novos exames apontaram que o câncer entrou em remissão. Diagnosticada com linfoma de Hodgkin em 2021, a influenciadora estava em tratamento paliativo até então.
Isabel contou que esteve no hospital para avaliar a possibilidade de um transplante de medula óssea e descobriu que poderá realizá-lo em breve.
"Meu Deus, gente! Estou me tremendo. Acabei de sair da consulta, estou com o papel do exame de sangue, e ver que estou em remissão completa... Já estou com os papéis da compatibilidade também, estou muito feliz", comemorou em um vídeo.
A influenciadora explicou ainda que um exame indicou que sua irmã apresenta 50% de compatibilidade para a doação de medula. Nas próximas etapas, Isabel seguirá para Curitiba, onde novos exames definirão se a irmã poderá ser a doadora ou se será necessário recorrer ao cadastro nacional de doadores.
Segundo a Oncoclínicas, maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, o transplante de medula óssea é o tratamento para enfermidades que afetam as células sanguíneas, como as leucemias e os linfomas. Em alguns casos, o processo consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais de medula óssea.
Renato Cunha, hematologista e líder nacional de terapia celular da Oncoclínicas&Co, explica que existem dois tipos de transplante: o autólogo e o alogênico - onde o primeiro vem do próprio paciente e o segundo de um doador.
"No transplante de medula óssea autólogo, as células que serão usadas são provenientes do próprio paciente. Ele coleta em um primeiro momento essas células, em seguida, são congeladas e depois, quando for realizar o transplante, são usadas para recuperar a medula óssea", explica.
No caso da modalidade alogênica, são conduzidos testes específicos de compatibilidade. Neles, são analisadas amostras do sangue do receptor e do doador para verificar se existe total compatibilidade entre as partes, o que minimiza o risco de a medula ser rejeitada pelo receptor.
"Esse doador pode ser um parente próximo, como um irmão, que geralmente apresenta compatibilidade total de HLA (100%). No entanto, também existem transplantes com compatibilidade parcial de HLA, como no caso de irmãos não totalmente compatíveis, pais e filhos (que têm 50% de compatibilidade). Outra alternativa é o REDOME, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, que caso tenha alguém compatível com a HLA do paciente, pode também realizar o transplante”, comenta.
Quando há compatibilidade, o doador é submetido a um procedimento em centro cirúrgico, sob anestesia, com duração de aproximadamente duas horas. Ele consiste na realização de diversas punções com agulhas nos ossos posteriores da bacia e na aspiração da medula. Não há qualquer prejuízo ou comprometimento à saúde do doador.
Em relação ao receptor, antes de receber o transplante ele precisa ser submetido a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a sua própria medula. Feito isso, receberá a medula sadia em um processo relativamente simples, como se fosse uma transfusão de sangue. Conforme as células da nova medula circulam pela corrente sanguínea, elas se alojam na medula óssea, onde se desenvolvem.
- Leucemia mieloide aguda;
- Leucemia linfoide aguda / linfoma linfoblástico;
- Leucemia linfoide aguda Ph+;
- Anemia aplástica grave adquirida ou constitucional;
- Síndrome mielodisplásica, incluindo a leucemia mielomonocítica crônica;
- Imunodeficiência celular primária;
- Talassemia;
- Mielofibrose primária em fase evolutiva;
- Linfoma não Hodgkin indolente; e
- Doença de Hodgkin quimiossensível.