
As filhas de Maradona testemunharam o momento em que uma foto do pai morto foi exibida nos tribunais na última terça-feira (11). A morte do jogador, há quase 5 anos, virou alvo de um julgamento que pode condenar os profissionais da equipe médica que acompanhava o craque na época.
Em um vídeo que circula na internet, é possível ver que Dalma e Giannina caem no choro quando a foto é mostrada. Jane, que também é filha, e a ex-companheira Veronica Ojeda, que xingou a psiquiatra que é ré no processo, permanecem sérias no momento.

Na imagem, o corpo de Maradona está deitado em uma cama e o jogador traz tubos no nariz. O estado inchado do abdômen do craque impressiona. O promotor Patricio Ferrari alega que mostrou a foto para expor o estado em que o jogador foi deixado pela equipe médica, acusada de negligência.
Patricio ainda defendeu que Maradona foi transferido para casa sem estar em “pleno uso de suas faculdades mentais” e sem poder tomar decisões sobre sua saúde. Ele argumenta que mantê-lo fora do hospital e sob cuidados médicos precários foi fundamental para sua morte.
“Foi uma internação domiciliar imprudente, deficiente e sem precedentes. Não houve controle algum durante o período que pôs fim à vida de Maradona", destacou.

Maradona sofreu um ataque cardíaco poucos dias depois de passar por uma cirurgia. O atleta foi submetido à operação para tratar um hematoma subdural no cérebro. A princípio, o falecimento foi classificado como natural. No entanto, um relatório médico independente apontou que o jogador agonizou por cerca de 12 horas, sem receber um atendimento adequado, o que poderia tê-lo salvado da morte. Segundo o documento, o argentino foi "abandonado à própria sorte".
O Departamento de Justiça da Argentina acusa os profissionais de saúde de “homicídio simples com dolo eventual” e apresenta provas de que a negligência deles causou a morte do ídolo do futebol. As penas podem chegar a 25 anos de prisão.
Sete profissionais estão entre os réus. São eles: um neurocirurgião, que era médico pessoal de Maradona, um clínico geral, uma médica coordenadora do plano de saúde, um chefe de enfermagem, um enfermeiro, uma psiquiatra e um psicólogo. Uma enfermeira completa a lista, mas vai a júri popular em julho.