A família de Juliana Marins pede justiça em um post feito no Instagram no início da tarde desta quarta-feira (25). A jovem morreu aos 26 anos três dias após cair durante uma trilha em um vulcão na Indonésia.
A família diz que Juliana foi vítima de negligência e aponta a demora pelo resgate. “Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva”, diz o post.
Sem entrar em detalhes, a família confirma que vai buscar justiça. “Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!”, pedem.
Apesar de ter sido a equipe de resgate oficial a responsável por encontrar o corpo de Juliana, a atuação foi lenta e alvo de muitas críticas. A operação para resgatar a publicitária só ganhou força após pressão popular e pela mobilização de voluntários.
Juliana, mais seis turistas e dois guias realizavam a trilha na madrugada do último sábado (21), no horário da Indonésia. A família acusa que a jovem foi abandonada pelos profissionais uma hora antes da queda, que ocorreu por volta das 4h da manhã no fuso local.
“Juliana estava nesse grupo, porém ficou muito cansada e pediu para parar um pouco. Eles seguiram em frente, e o guia não ficou com ela”, alega Mariana, irmã de Juliana, em entrevista ao “Fantástico”. A informação, segundo ela, veio através de pessoas que trabalham no parque.
O guia Ali Musthofa confirma que aconselhou Juliana a descansar enquanto a caminhada continuava, mas alega que o combinado era que o grupo se encontraria um pouco mais à frente. O acidente teria acontecido porque Juliana entrou em desespero ao se ver sozinha.
Ali relata que ficou apenas a 3 minutos de distância de Juliana e decidiu voltar ao estranhar a demora. “Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro. Eu disse que iria ajudá-la. Tentei desesperadamente dizer a Juliana para esperar por ajuda”, disse o guia ao jornal O Globo.
A última imagem de Juliana com vida foi feita horas depois, graças a um drone de turistas. Ela estava a 200 metros de distância da montanha. Nesta terça-feira (24), horas antes de a morte ser constatada, a publicitária já havia deslizado mais de 650 metros, altura superior à do Cristo Redentor.
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