
Cauã Reymond teria dado um basta nas polêmicas envolvendo sua suposta rixa com colegas de elenco de "Vale Tudo" e pedido para deixar a novela das nove da Globo. A emissora cancelou cenas entre o ator e Bella Campos e a atriz supostamente caiu no choro ao ser pressionada para "limpar a barra" do intérprete do César.
Caso seja confirmada a saída de Cauã Reymond de "Vale Tudo", essa não terá sido a primeira vez que artista do elenco abandona uma novela no meio do caminho. Duas atrizes deixaram seus trabalhos pela metade nos 1990 e o SBT está envolvido nos dois casos. Um deles, aliás, bem polêmico.
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+ atriz foi rifada de novela do SBT por decisão de Silvio Santos
Um desses casos aconteceu logo no começo de 1994, mais precisamente no final de janeiro quando o contrato de Jussara Freire com a extinta TV Manchete (1983-1999) chegou ao fim. Na época, a atriz vivia a delegada Rosa da novela "Guerra Sem Fim" e decidiu não renovar seu vínculo, deixando o canal e migrando para o SBT.
Na emissora de Silvio Santos (1930-2024), Jussara viveu a Clotilde da quarta versão de "Éramos Seis" (1994) - a artista já havia atuado no remake anterior, de 1977 na TV Tupi (1950-1980). "Antes de qualquer coisa sou uma profissional. Não há como negar que o SBT poderá me oferecer condições bem melhores do que a Manchete, inclusive financeiramente. Além disso, fiz essa novela em 77 e a experiência de refazê-la é atraente", explicou ao "O Globo".

Jussara desconhecia até então como os autores (José Louzeiro e Alexandre Lydia) iriam justificar a ausência de Rosa. Ao mesmo tempo, a atriz estudava uma maneira de seguir na Manchete agora com um programa próprio de culinária derivado do "A Conversa Chegou na Cozinha", quadro que comandava na revista eletrônica "Almanaque" após o sucesso como Filó de "Pantanal" (1990).
Dois anos depois, em abril de 1996, Sônia Braga desembarcava de "Antônio Alves, Taxista", novela estrelada por Fábio Jr. e um dos maiores fiascos da teledramaturgia do canal de Silvio Santos. A artista faltou seguidamente aos trabalhos sem justificar por uma semana. De acordo com o "Jornal do Brasil", Sônia usou um outro nome para se hospedar em hotel de luxo em São Paulo após chegar da Argentina.
Alegou que retornou ao Brasil porque não haviam gravações previstas no outro país para os dias seguintes. "Além da impontualidade, outro fator que pesou na decisão da produtora argentina foi o temperamento de Sônia. A agitação, a irritabilidade e a alternância de humor vinham incomodando a equipe", relatou o "JB". Além disso, houve críticas ao texto considerado antigo, havia sido escrito nos anos 1950.
"Não rompi qualquer cláusula dos dois contratos que assinei com Sílvio Santos em Nova York", garantiu Sônia dias depois em entrevista coletiva. "... Taxista" entraria no ar em maio daquele ano, portanto um mês após a polêmica.