O ex-duque de York, que a partir de agora será chamado apenas de Andrew Mountbatten Windsor, enfrenta uma das maiores reviravoltas de sua vida. Na última terça-feira (30), o Palácio de Buckingham confirmou o início do processo para retirar seus títulos e prerrogativas reais, além de esclarecer o que isso significa para seu futuro.
A notícia levantou dúvidas entre os fãs da monarquia sobre o destino de suas filhas, as princesas Eugenie e Beatrice, o papel da ex-esposa Sarah Ferguson, e até quem herdará o título de Duque de York. A grande questão agora é outra: o que acontecerá com o dinheiro de Andrew, já que ele perdeu o status de príncipe e todos os benefícios que vinham junto com o título?
Segundo a imprensa britânica, a decisão de cortar laços com o filho da falecida Rainha Elizabeth II veio após novas evidências surgirem e colocarem em dúvida sua versão sobre o relacionamento com o condenado por crimes sexuais Jeffrey Epstein.
A perda dos títulos e das honrarias não é apenas simbólica. É um rompimento formal com a estrutura da monarquia, que muda completamente seus direitos, responsabilidades e privilégios.
Agora, o homem que já foi chamado de “Sua Alteza Real” passa a ser simplesmente Andrew Mountbatten Windsor, sem qualquer posição oficial dentro da família.
De acordo com o portal Tyla, antes da decisão, o patrimônio de Andrew, hoje com 65 anos, era considerado modesto para os padrões reais, mas ainda expressivo.
Em 2025, estimava-se que sua fortuna fosse de cerca de £3,7 milhões (aproximadamente R$ 23 milhões). Ao longo das décadas, ele teria recebido quase £13 milhões (cerca de R$ 81 milhões) em repasses oficiais para cumprir suas funções como membro da realeza.
Grande parte de seu patrimônio estava ligada à Royal Lodge, uma mansão luxuosa dentro do Windsor Great Park, onde vivia há anos em condições extremamente vantajosas.
Andrew teria pago cerca de £1 milhão pela concessão de uso do imóvel (em torno de R$ 6,2 milhões), investindo outros £7,5 milhões em reformas (cerca de R$ 46,7 milhões) — o que, na prática, lhe permitia morar sem pagar aluguel depois das obras.
Considerando o contrato de 75 anos de arrendamento, o custo anual equivaleria a cerca de £113 mil (aproximadamente R$ 704 mil), valor muito abaixo do preço de mercado.
Mas isso também chegou ao fim. O Palácio de Buckingham confirmou que foi emitida uma notificação formal exigindo que ele devolva a propriedade.
“O contrato de locação lhe garantia o direito legal de continuar residindo no imóvel. No entanto, a notificação formal para encerramento já foi emitida, e ele deverá se mudar para outra residência privada”, informou o Palácio em nota. “Essas medidas são consideradas necessárias, apesar de ele continuar negando as acusações contra si.”
Com o rompimento oficial, Andrew deixará de receber subsídios e apoio institucional, que somavam cerca de £1 milhão por ano.
Sem essa ajuda, ele terá de arcar sozinho com os altos custos de segurança, manutenção e equipe pessoal, que até então eram custeados pela Coroa.
Além disso, a perda de reputação e o rebaixamento de status afetaram diretamente suas conexões no mundo dos negócios. Muitas empresas que antes o apoiavam cancelaram contratos ou cortaram laços, deixando suas finanças cada vez mais restritas.
Agora, o futuro financeiro do ex-príncipe depende de bens imóveis e investimentos pouco líquidos, sem a estabilidade que tinha enquanto membro ativo da família real e, pela primeira vez, aprender a fechar as contas no fim do mês sem ajuda da monarquia.
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