





O ator americano Eric Dane revelou, em recente entrevista, que vive com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Cerca de dois meses após o diagnóstico, o artista já perdeu o movimento do braço direito.
A ELA é uma doença neurodegenerativa progressiva, raríssima e com causa ainda desconhecida. Segundo dados presentes no site do doutor Drauzio Varella, apenas 15 mil pessoas no Brasil foram acometidas pelo problema de saúde. É considerada potencialmente fatal, pois, com o tempo, leva à falência de diversos músculos, entre eles, os que auxiliam para mastigar e respirar.
Com o braço direito completamente paralisado, Mark acredita que, em alguns meses, também perderá os movimentos do esquerdo. "Eu comecei a sentir uma certa fraqueza na minha mão direita, e a princípio, eu acreditei que fosse por digitar demais. Meses depois, começou a ficar muito pior", relatou o astro, conhecido pelo personagem Mark Sloan em "Grey's Anatomy".
“A doença acarreta em uma paralisia motora irreversível. Com isso, o paciente perde funções essenciais como falar, movimentar, engolir e até respirar. Porém, na maioria das vezes, não afeta a capacidade intelectual e cognitiva”, explica o doutor Felipe da Graça, médico neurologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas.
A ELA tem sintomas parecidos com outras condições, o que dificulta o diagnóstico precoce. O principal grupo afetado pela doença são homens com idade entre 55 e 75 anos.
“Os pontos de atenção, que podem indicar sintomas, são: perda gradual de força e coordenação muscular; dificuldade para respirar e engolir; engasgos; problemas de dicção, como um padrão de fala lenta ou anormal; perda de peso; câimbras musculares e outros sintomas. Em caso de suspeita, é importante que se consulte um neurologista, assim, outras doenças poderão ser descartadas e o tratamento correto iniciado, no intuito de evitar complicações”, orienta o médico.
Em média, pacientes com ELA vivem de 2 a 5 anos após o início dos sintomas. Com o diagnóstico precoce, a pessoa pode ser submetida a tratamentos capazes de impedir a progressão da doença. “Quanto antes a doença é diagnosticada e tratada, uma vez que não tem cura, melhores são as chances de prevenir complicações, mantendo por mais tempo a autonomia e a qualidade de vida”, diz o doutor.
Em caso de suspeita de ELA, exames de sangue, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, eletromiografia e teste de deglutição são alguns dos processos que ajudam no diagnóstico.
Já o tratamento requer uma equipe multidisciplinar, segundo o médico. “O acompanhamento requer uma equipe multidisciplinar, que envolve neurologista, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo, respiratório e outros profissionais, dependendo do caso. Alguns medicamentos até auxiliam, mas ainda com resultados limitados”, adiciona.


