Rafaella Justus está viralizando na internet após uma festa de Halloween e o motivo vai muito além do seu look belíssimo de Malévola, mas sim por ataques à sua aparência que se tornaram constantes em publicações recentes nas redes sociais. A jovem, que transformou seu rosto após uma cirurgia ortognática, lamentou as críticas.
"Fico triste, não por estarem me ofendendo, mas pelas pessoas mesmas. Pelo tanto de ódio gratuito que elas descontam nos outros só para se sentirem superiores. Eu sei que a internet tem tanto o lado positivo quanto o negativo, então procuro sempre olhar para o lado bom, o que me ajuda a manter a mente mais aberta", se pronunciou Rafa Justus.
Filha de Roberto Justus e Ticiane Pinheiro, Rafa, que tem 16 anos e também se pronunciou sobre a presença de bebidas alcoólicas em festa, completou seu desabafo dizendo: "Uma coisa é destilar ódio na internet, outra completamente diferente é estar cara a cara com alguém".
Dado o desabafo de Rafaella Justus, que em muitas ocasiões já foi elogiada por sua maturidade, a neurocientista e especialista em desenvolvimento infantil, Telma Abrahão, fez uma importante análise sobre o impacto psicológico do ódio virtual e a importância de preparar jovens para lidar com a exposição digital.
"O que Rafaella Justus trouxe à tona é um retrato claro da crueldade emocional que se espalhou nas redes sociais, principalmente quando se trata de figuras públicas. O ódio gratuito que muitos despejam na internet é, na verdade, um espelho do próprio sofrimento e da falta de recursos emocionais dessas pessoas", destaca Telma.
De acordo com a especialista, os ataques, especialmente na adolescência, quando ocorrem transformações neurológicas e emocionais, podem deixar marcas profundas: "O cérebro ainda está amadurecendo, especialmente as áreas ligadas ao controle emocional e à autopercepção. Quando um jovem é exposto a críticas e rejeições repetidas, o sistema nervoso passa a associar visibilidade com ameaça. Isso impacta diretamente a autoestima, a confiança e até a formação da identidade", explica.
"A fala da Rafaella mostra maturidade e consciência emocional, algo raro em tempos de tanto julgamento. Ninguém se torna mais forte sendo atacado, mas uma sociedade se torna mais doente quando normaliza o ódio como forma de expressão", completa a neurocientista, que ainda reforça a importância da educação emocional:
"As redes deveriam ser espaços de troca e aprendizado, não arenas de projeção de dores não curadas. O ódio gratuito é apenas um sintoma; o que realmente precisamos tratar é a falta de amor e de compaixão por nós e pelo outro", encerra.