Isabelle Nogueira sabe bem o que é entrar num território onde tradição e identidade são levadas a sério. Nascida em Manaus, a ex-BBB construiu sua trajetória no Festival Folclórico de Parintins - um dos maiores espetáculos de cultura popular do Brasil, onde o duelo entre os bois Garantido e Caprichoso mobiliza cidades inteiras. No Boi Garantido, ela é a cunhã-poranga, figura feminina de destaque, símbolo de beleza, força e resistência cultural.
Quando estreou no Carnaval do Rio em 2025, como musa da Acadêmicos do Grande Rio, Isabelle também chegou “de fora” da comunidade. E, apesar de não ter nascido no berço do samba carioca, conquistou respeito e espaço pela energia na avenida e pela conexão que fez questão de construir com a escola e seus integrantes.
Nesta terça-feira (12), durante o lançamento da nova linha Natucor Óleos da Amazônia da Embelleze, na Ilha da Gigóia, no Rio, Isabelle conversou com o Purepeople Brasil sobre spoilers carnavalescos e, claro, a grande polêmica ao redor de Virgínia Fonseca como Rainha de Bateria da agremiação. "A gente já tem agenda a partir de setembro, vai ter muita coisa para acontecer. Aquela grande transformação de novo! Não temos nada de fantasia, mas em breve tem uma novidade envolvendo o Carnaval, calma... vem aí", expressou ela, fazendo suspense.
O nome de Virgínia como nova Rainha de Bateria da Grande Rio dividiu opiniões desde o anúncio. Muitos consideram um desrespeito colocar a influenciadora, que nasceu nos Estados Unidos, no lugar da dona do "samba no pé", Paolla Oliveira.
Também tendo vivido um olhar "desconfiado" do público quando chegou - mesmo com a experiência espetacular no grandioso Festival de Parintins -, a ex-sister traçou um paralelo com a própria história e reforçou o acolhimento na escola.
“Eu fui extremamente acolhida pela comunidade. Quando eu cheguei, me senti em Parintins. Com tanta gente feliz me recebendo, de verdade! Existe muito essa verdade e respeito entre nós... o povo do Carnaval e o povo do Festival de Parintins porque existe um intercâmbio cultural, nós meio que somos irmãos na guerra da arte, na guerra da festa. A gente consegue se compreender como povo que luta pela resistência da festa, da arte, da cultura", disse, orgulhosa.
Para ela, o carisma e a disposição de Virgínia serão mais importantes do que qualquer debate sobre origens. “Acho que a Virgínia vai dar o nome dela. Eu acho que ela é uma mulher extremamente carismática, alegre, que esbanja muita dedicação, de verdade eu acho que ela vai arrasar muito na Sapucaí. E o povo da Grande Rio é muito acolhedor, que acolhe a todos os povos, com certeza ela vai se sentir muito acolhida e muito amada", concluiu.