A Netflix lançou na quinta-feira (18) o longa tailandês “O Mesmo Dia com Você” (Same Day With Someone), produção que chega com a missão de mostrar que nem sempre é preciso grandes reviravoltas para emocionar. A aposta está em um recurso simples - reviver o mesmo dia várias vezes - para abordar temas universais como separação, luto e a busca por novas chances... É a dica perfeita para quem quer se emocionar no final de semana!
Na trama, acompanhamos Mesa Worathepanant, uma curadora de museu cuja vida aparentemente perfeita desmorona em questão de horas. O noivo decide terminar o relacionamento, um artefato valioso é danificado sob sua responsabilidade e, para piorar, tudo isso passa a se repetir como um disco arranhado. Presa nesse dia, Mesa precisa enfrentar não só a frustração e os erros do passado, mas também as próprias fragilidades que sempre tentou esconder.
Embora parta de um elemento fantástico, o filme não abre mão da delicadeza. O loop temporal funciona como metáfora para as etapas do luto, explorando sentimentos como negação, raiva e aceitação. É nesse processo que a protagonista cruza o caminho de Ben (Warintorn Panhakarn), colega de trabalho que se torna peça-chave em sua jornada. A relação entre os dois dá ao longa um tom romântico, mas sem deixar de lado a reflexão sobre escolhas e consequências.
O projeto nasceu de uma experiência real! A roteirista Rangsima Akarawiwat, segundo o site "Série Por Elas", se inspirou em uma conversa com uma amiga que enfrentava um término doloroso.
A sensação de estar “presa em um ciclo” virou combustível criativo para construir uma história onde o tempo, em vez de linear, é repetitivo... até que a personagem esteja pronta para seguir em frente. Esse detalhe explica por que o filme, mesmo com elementos cômicos, carrega uma melancolia constante.
Conhecida por papéis em produções televisivas, Jarinporn Joonkiat (Toey) entrega uma performance que mistura humor e vulnerabilidade, carregando o filme praticamente sozinha! O figurino da personagem, sempre mutável, serve como pista para o estado emocional de Mesa, enquanto o museu (cenário central da narrativa) funciona como metáfora visual: sólido por fora, mas frágil por dentro.
“O Mesmo Dia com Você” é mais do que um dorama romântico: é um retrato de como cada fim pode carregar um recomeço, ainda que envolto em dor. Para fãs de histórias introspectivas, de filmes como Feitiço do Tempo ou Palm Springs, e para quem gosta de descobrir produções asiáticas fora do circuito sul-coreano, o título tailandês surge como uma boa pedida para o fim de semana.