
Jojo Todynho eliminou 80 kg e passou pelo processo de emagrecimento não só com a ajuda da cirurgia bariátrica, mas também um conjunto de procedimentos reparadores para redefinir seu corpo.
Mais recente, a intérprete de "Que Tiro Foi Esse" realizou lipoaspiração para remover depósitos de gordura resistentes, lifting nas pernas para retirar o excesso de pele das coxas, correção da cicatriz das mamas e ainda um refinamento no abdômen para um contorno mais harmônico.
O processo, compartilhado por ela nas redes sociais e comprovado em novos cliques de biquíni, gerou impacto e trouxe à tona um tema pouco discutido: até onde vai a necessidade e quando começa a pressão para entrar em um padrão?

O cirurgião plástico Juliano Souto, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica que essas cirurgias vão além da estética.
“Quando há uma grande perda de peso, a pele não tem mais elasticidade suficiente para se retrair sozinha. Muitas vezes, as dobras causam desconforto, assaduras e até infecções. Não se trata apenas de aparência, mas de saúde e qualidade de vida”, afirma.
Segundo o especialista, o lifting das pernas, um dos procedimentos que Jojo mais destacou, é tecnicamente chamado de dermolipectomia crural e exige incisões estratégicas para remover a pele em excesso e reposicionar os tecidos sem comprometer a mobilidade. “O objetivo é devolver um contorno natural e evitar cicatrizes muito aparentes”, explica.
A lipoaspiração, por sua vez, ajudou a remover depósitos de gordura localizada, que muitas vezes persistem mesmo após um grande emagrecimento. Já a correção da cicatriz mamária foi necessária porque, em alguns casos, a cicatrização não ocorre como esperado e pode comprometer o resultado estético.
“Nem toda cirurgia tem um resultado definitivo na primeira intervenção. A revisão da cicatriz é comum para corrigir assimetrias ou melhorar a aparência final”, detalha Souto.

De acordo com o cirurgião plástico, muitos pacientes ainda têm muitas dúvidas sobre quem pode ou não realizar essas cirurgias. Souto explica que o paciente precisa estar com o peso estabilizado há pelo menos seis meses, ter exames que comprovem que está saudável e entender que o pós-operatório exige dedicação e paciência.
“O erro de muitas pessoas é achar que a cirurgia plástica é um atalho ou uma solução milagrosa. Sem acompanhamento adequado, o resultado pode não ser satisfatório, e o pós-operatório é muito importante, pois a recuperação inclui uso de malhas compressivas, sessões de drenagem linfática e repouso, além de um período de adaptação até que o inchaço reduza completamente”, explica.
Ao compartilhar sua experiência, Jojo Todynho trouxe visibilidade para uma questão que muitas vezes é ignorada: a transformação do corpo após a perda de peso vai além da balança. “Minhas pernas estão um sonho”, celebrou a cantora, emocionada com o resultado. “Para muitos pacientes, essas cirurgias representam o fechamento de um ciclo e a chance de finalmente se sentirem confortáveis no próprio corpo”, finaliza Juliano Souto.