Ângela Rô Rô se envolveu em uma série de polêmicas ao longo da vida até sua morte nesta segunda-feira (8) aos 75 anos. Ícone da MPB, a cantora ficou pouco mais de um mês internada e enfrentava problemas de saúde e financeiros há alguns anos. O que poucos lembram é que em fevereiro de 1997 a artista se envolveu em graves acusações no prédio onde morava em Copacabana.
Ângela Rô Rô foi acusada de tentar colocar fogo em um imóvel, de andar sem roupa pelos corredores das áreas comuns e de ameaçar de morte a então síndica do prédio, que chegou a prestar depoimento contra a cantora na 12ª DP, localizada naquele bairro. "(A artista) nega todas as acusações e afirma que tudo não passa de invenções de um antigo servente do prédio, revoltado por ter sido demitido", relatou o jornal "O Globo" em 26 de fevereiro de 1997.
"Vou entrar com uma ação contra ela. Tem de parar, não pode continuar incomodando todo o edifício", disse a síndica, cujo filho teria sido ameaçado com chave de grifa por Ângela. "'Prepara bastante pano para limpar o sangue da tua mãe', teria afirmado a cantora", prosseguiu o jornal.
A reportagem relatou ainda que "Ângela tentou incendiar o apartamento de uma vizinha. Através de um muro ela jogou na área de serviço pedaços de pano, jornais velhos e um vidro de álcool. O filho da proprietária chegou a tempo de impedir que o fogo se alastrasse". Em outro trecho, vizinhos voltaram acusar gravemente a artista, que anos antes se recusou a gravar uma música que se transformaria hit na voz de Cássia Eller.
"Ameaça funcionários, quebra os interfones com marteladas e até que anda nua pelos corredores tocando um sino", enumerou o jornal. Naquela semana, Ângela Rô Rô havia expulsado pessoas de seu show e cancelou outra apresentação por atraso de 1h30 dela mesma.
"Se não aparecer alguém para levá-la para uma clínica rapidamente, vai ser o fim dela. Anda muito deprimida e está muito fragilizada", resumiu uma pessoa que integrava a equipe da ex de Zizi Possi, com quem Ângela viveu uma relação conturbada.
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