Mais um detalhe inédito da relação de Hytalo Santos com Kamylinha, uma de suas "filhas", veio à tona. Um processo de 2022, um ano após a mãe da menor mostrar apoio à filha em relação à gravação de vídeos polêmicos, do Ministério Público indicava que a adolescente não ia à escola com frequência.
Além disso, a garota apresentava quadro de "vulnerabilidade social e psíquica" com "situação concreta de risco", o que culminou na "intervenção estatal". Kamylinha, hoje com 17 anos, foi a primeira criança a surgir dançando em vídeos com Hytalo, preso há uma semana sob acusação de exploração de menores.
Um documento obtido pela coluna "Veja Gente" aponta ainda suposta exposição da menor por parte de Hytalo em rede social. "Fotos sensuais da adolescente e vídeos contendo coreografias de cunho sexual realizadas pela mesma sob o seu incentivo", definiu o MP da Paraíba.
Acusado pela filha de agressão na infância, o pai de Kamylinha ao depor mostrou-se insatisfeito com a vida que a menina levava. "Não gosto dos vídeos que ela faz. Não gosto das roupas, dos tipos de dança. Acho avançado para a idade dela. Nem gosto de olhar… Se eu brigar com a mãe dela… é o mesmo que brigar com ela. Eu não quero o mal dela. Eu acho tão feio os vídeos com roupa curta…", disse o genitor da hoje adolescente, que chegou a engravidar, mas sofreu um aborto espontâneo.
Aliás, outro trecho do documento mostra várias acusações da menor contra o pai, incluindo abandono. "O denotado senhor (pai de Kamylinha) (chegou a) apontar uma arma de fogo para a cabeça da mãe de Kamila, momento no qual, segundo a jovem, teve que intervir", diz o MP.
A menina afirmou ainda que sua mãe ganhava dinheiro de Hytalo, o que a genitora chegou a negar. "(O "influencer") paga suas despesas escolares e dá cerca de 3 mil reais a sua mãe. Todo o seu sustento é custeado pelo Sr. Hytalo; afirma que ganha roupas e recentemente um aparelho celular, e além disso, recebe do denotado senhor, ‘amor e carinho'", concluiu o órgão.