Divas que "hablam"! Protagonistas do remake de "Vale Tudo", as atrizes Débora Bloch, Bella Campos e Taís Araújo usaram seus perfis nas redes sociais para endossar a campanha pela taxação de grandes fortunas no Brasil, em uma mobilização que deu nova camada política à narrativa da novela. Nesta quinta-feira (10), a web entrou em êxtase com os comentários das estrelas!
Conhecida por viver a poderosa vilã Odete Roitman na trama da TV Globo, Débora Bloch compartilhou no Instagram um carrossel com imagens de personagens da novela como se fossem contribuintes reais. O material, originalmente criado pelo deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL-SP), mostra de forma didática a regressividade do sistema de imposto de renda brasileiro.
Segundo a publicação, Raquel, personagem honesta e batalhadora vivida por Taís Araújo, pagaria 7,5% de IR, enquanto Odete, bilionária e manipuladora interpretada por Débora, contribuiria com apenas 2%. Na legenda, a atriz ironizou: “Só na ficção vale tudo. Todo o meu apoio à justiça tributária com a taxação das grandes fortunas". E tome!
A publicação de Débora ganhou força com o apoio de Bella Campos, que vive Maria de Fátima no remake da novela. Na trama, sua personagem é símbolo da ambição desenfreada e da ascensão social a qualquer custo, uma jovem disposta a trair até a própria mãe para conquistar poder e dinheiro. Na vida real, no entanto, Bella seguiu um caminho oposto ao da personagem (graças a Deus!).
Ao repostar a publicação de Débora, a atriz escreveu: “Porque pra vencer na vida, meu amor… vale a pena ter conhecimento e consciência de classe!”. A crítica visual à estrutura tributária, com memes que colocam lado a lado os perfis de Odete e Raquel, viralizou rapidamente nas redes. Bella tem quase 10 milhões de seguidores e usou sua visibilidade para dar força à pauta da justiça fiscal.
Intérprete da protagonista Raquel, símbolo de dignidade e ética em meio à corrupção, Taís Araújo também se manifestou. Ela repostou o conteúdo e comentou: “Parece meme, mas o assunto é sério. A gente tem que se debruçar sobre ele! Que bom ver nossa novela na boca do povo e sendo pauta para conversas importantes".
Outro nome de peso que participou da movimentação foi o cineasta Walter Salles, conhecido por filmes como "Ainda Estou Aqui" e "Central do Brasil". Com um patrimônio estimado em US$ 4,5 bilhões, ele aparece como o terceiro cineasta mais rico do mundo, segundo a Forbes — atrás apenas de George Lucas e Steven Spielberg.
Durante o Prêmio Faz a Diferença 2024, promovido pelo jornal O Globo, Salles reforçou a urgência de corrigir as distorções do sistema tributário:“Temos a chance de construir um país mais justo e igualitário, corrigindo as distorções de um sistema que, como a gente sabe, cobra mais de quem tem menos. Quero deixar todo o meu apoio à tributação progressiva, à taxação das grandes fortunas e à democracia com justiça tributária".
Boa parte de sua fortuna vem de participações acionárias no Itaú Unibanco (fundado por seu avô) e na CBMM, gigante mundial da produção de nióbio.